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- ICE prende 3 brasileiros com a colaboração da polícia em Massachusetts
Almeida foi preso duas vezes em menos de seis meses (Foto: Cortesia ICE) BOSTON — O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) anunciou essa semana a prisão de três brasileiros em um período de quatro dias em cidades de Massachusetts. Dois deles foram acusados de crimes no país e um era foragido do Brasil. Luan Lucas De Sousa Gonçalves, 21, foi colocado sob custódia do ICE no dia 2 de dezembro após ter sido preso no dia anterior pela polícia de Plymouth por estupro e assédio a uma pessoa maior de 14 anos. As autoridades locais acionaram os agentes federais imediatamente após Gonçalves ser acusado dos crimes sexuais cometidos do lado de lado de fora do Main Street Sports Bar and Grill contra uma mulher na madrugada do dia primeiro. O brasileiro alega inocência. Gonçalves, que entrou no país em julho de 2023, tem uma ordem de deportação pendente e deve ficar detido até a conclusão do processo. A Polícia de Malden entregou Anderson De Sousa Almeida, de 43 anos, para o ICE no dia 30 de novembro após prendê-lo na véspera por incidência em crimes como agressão a uma família ou membro da família, agressão com arma perigosa e ameaçar uma pessoa de morte. Almeida já tinha sido preso por esses delitos em um incidente no dia 6 de julho em Everett e estava respondendo o processo em liberdade após pagar fiança. Ele deveria voltar à Corte Distrital de Malden em 2 de dezembro. “A Corte Distrital de Malden liberou Almeida um dia após o ICE pedir a sua custódia (...) Se o tribunal tivesse honrado o nosso pedido, ele não teria cometido mais crimes", diz a porta-voz do Escritório de Operações Especiais do ICE em Boston, Patricia H. Hyde. Almeida entrou ilegalmente nos EUA por Lukeville, Arizona, em 29 de julho do ano passado, divulgou o ICE. O terceiro brasileiro preso foi Fernando Rodrigues De Lima, de 33 anos. Segundo o comunicado do ICE, ele é fugitivo do Brasil para terminar de cumprir pena de prisão por roubo qualificado e outros crimes. Lima estava em liberdade condicional quando entrou nos EUA. A data não foi informada.
- O que assassinato do CEO Brian Thompson revela sobre raiva contra planos de saúde nos EUA
Pacientes reclamam que negativas colocam suas vidas em risco (Foto: Getty Images) NOVA YORK - O assassinato "descarado e direcionado" do executivo do setor de planos de saúde Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em frente a um hotel em Nova York, na semana passada, chocou os Estados Unidos. A reação ao crime também expôs uma raiva latente contra um setor que movimenta um trilhão de dólares. "Autorização prévia" não é uma expressão que, aparentemente, despertaria muito ardor. Mas em um dia quente de julho, mais de 100 pessoas se reuniram do lado de fora da sede da UnitedHealthcare, em Minnesota, para protestar contra as apólices da provedora de planos de saúde e a recusa de solicitações de pacientes. A "autorização prévia" permite que as empresas analisem os tratamentos sugeridos antes de concordar em pagar por eles. Onze pessoas foram presas por bloquear uma estrada durante o protesto. Os registros da polícia indicam que elas vieram de todo o país, incluindo Maine, Nova York, Texas e Virgínia Ocidental, para a manifestação organizada pelo People's Action Institute. Unai Montes-Irueste, diretor de estratégia de mídia do grupo com sede em Chicago, disse que os manifestantes tinham experiência pessoal com pedidos negados e outros problemas com o sistema de saúde. "O atendimento é negado, e eles têm que passar por um processo de apelação que é incrivelmente difícil de vencer", disse Montes-Irueste. A raiva latente sentida por muitos americanos em relação ao sistema de saúde — uma variedade vertiginosa de prestadores de serviços, empresas com e sem fins lucrativos, gigantes do setor de planos de saúde e programas governamentais — veio à tona após o assassinato, aparentemente premeditado e direcionado, de Thompson em Nova York, na última quarta-feira (4/12). A mulher de Thompson disse à polícia que ele era constantemente ameaçado (Foto: UHC) Thompson era CEO da UnitedHealthcare, a unidade de seguros do provedor de serviços de saúde UnitedHealth Group. A companhia é a maior seguradora dos EUA. Antes de apontar o suposto assassino, as autoridades informaram que foram encontradas mensagens escritas em cartuchos de bala na cena do crime. As palavras "deny" (negar), "defend" (defender) e "depose" (destituir) estavam nos cartuchos, o que os investigadores acreditam que possa se referir a táticas que os críticos dizem que as seguradoras usam para evitar pagamentos e aumentar os lucros. Suspeito Na segunda-feira (09/12), a polícia apontou um suspeito pelo assassinato. Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso por porte ilegal de arma de fogo e por apresentar documentos falsos, depois de ser reconhecido por um funcionário de um McDonald's em Altoona, Pensilvânia, como possível suspeito pela morte de Thompson. A prisão ocorreu após dias de intensas buscas. Mangione foi reconhecido pelo funcionário de uma lanchonete que chamou a polícia Ele estava carregando uma arma e "várias identidades falsas" — incluindo um documento de Nova Jersey que correspondia à identidade que o suspeito pelo assassinato usou para fazer check-in em um albergue em Nova York antes do crime. Mangione também tinha na mochila um manifesto manuscrito de três páginas que incluía queixas sobre o sistema de saúde dos EUA e que demonstrava as "motivações e a mentalidade" do suspeito, segundo a polícia. 'Ameaças' Uma análise do histórico de Thompson no LinkedIn revela que muitos estavam irritados com as solicitações negadas. Uma mulher respondeu a uma postagem que o executivo havia feito, gabando-se do trabalho de sua empresa para tornar os medicamentos mais acessíveis. "Tenho câncer metastático de pulmão em estágio 4", ela escreveu. "Acabamos de sair da [UnitedHealthcare] por causa de todas as recusas relacionadas aos meus medicamentos. Todo mês há um motivo diferente para recusar." A esposa de Thompson contou à emissora americana NBC que ele já havia recebido mensagens ameaçadoras anteriormente. "Houve algumas ameaças", afirmou Paulette Thompson. "Basicamente, não sei, falta de cobertura [médica]? Não sei detalhes." "Só sei que ele disse que havia algumas pessoas que o estavam ameaçando." Um especialista em segurança diz que a frustração com os altos custos em uma série de setores resulta inevitavelmente em ameaças contra líderes empresariais. Philip Klein, que dirige a Klein Investigations, com sede no Texas, que protegeu Thompson quando ele fez um discurso no início dos anos 2000, afirmou que estava surpreso com o fato de o executivo não ter tido uma equipe de segurança em sua viagem a Nova York. "Há muita raiva nos Estados Unidos neste momento", observou Klein. "As empresas precisam acordar e perceber que seus executivos podem ser perseguidos em qualquer lugar." Klein contou que tem recebido uma enxurrada de ligações desde que Thompson foi assassinado. As principais empresas dos EUA normalmente gastam milhões de dólares em segurança pessoal para executivos de alto escalão. Após o crime, vários políticos e representantes do setor expressaram choque e solidariedade. Michael Tuffin, presidente da associação nacional do setor de planos de saúde Ahip, afirmou que estava "desolado e horrorizado com a perda de meu amigo Brian Thompson". "Ele era um pai dedicado, um bom amigo para muitos e um colega e líder agradavelmente franco." Em comunicado, o UnitedHealth Group disse que havia recebido muitas mensagens de apoio de "pacientes, consumidores, profissionais de saúde, associações, autoridades do governo e outras pessoas solidárias". Mas muita gente online, incluindo clientes da UnitedHealthcare e usuários de outros planos de saúde, reagiu de forma diferente. Essas reações variam desde piadas de humor ácido (como o uso do termo "pensamentos e autorizações prévias", uma referência à expressão de pêsames "pensamentos e orações") a comentários sobre o número de pedidos rejeitados pela UnitedHealthcare e outras empresas. No extremo oposto, críticos do setor disseram claramente que não tinham pena de Thompson. Alguns até comemoraram sua morte. A raiva online pareceu suplantar a polarização política. A animosidade foi expressa por socialistas declarados e ativistas de direita que suspeitavam do chamado "Estado profundo" ou "Estado paralelo" e do poder corporativo. Também foi manifestada por pessoas comuns que compartilharam histórias sobre empresas de plano de saúde que negaram seus pedidos para tratamento médico. Montes-Irueste, da organização People's Action, disse que ficou chocado com a notícia do assassinato. Ele afirmou que seu grupo fez campanha de forma "não violenta e democrática" —mas acrescentou que entendia o ressentimento online. "Temos um sistema de saúde 'balcanizado' e quebrado, e é por isso que há sentimentos muito fortes sendo manifestados agora por pessoas que estão vivenciando esse sistema quebrado de várias maneiras diferentes", observou. Tuffin, chefe da associação comercial de planos de saúde, condenou todas as ameaças feitas contra seus colegas, descrevendo-os como "profissionais que trabalham com a missão de tornar a cobertura e o atendimento o mais acessível possível". As postagens destacam a profunda frustração que muitos americanos sentem em relação às provedoras de plano de saúde e ao sistema de uma forma geral. "O sistema é incrivelmente complicado", diz Sara Collins, acadêmica do The Commonwealth Fund, fundação de pesquisa na área de serviços de saúde. "O simples ato de navegar e entender como obter cobertura pode ser um desafio para as pessoas." "E tudo pode parecer bem até você ficar doente e precisar do seu plano", ela acrescenta. Uma pesquisa recente do The Commonwealth Fund constatou que 45% dos adultos em idade ativa segurados foram cobrados por algo que, na opinião deles, deveria ser gratuito ou coberto pelo plano de saúde, e menos da metade dos que relataram suspeitas de erros de cobrança os contestaram. Além disso, 17% dos entrevistados disseram que sua provedora de plano de saúde negou cobertura para um tratamento recomendado por seu médico. E como se não bastasse a complexidade, o sistema de saúde dos EUA é caro e, muitas vezes, os enormes custos podem recair diretamente sobre os indivíduos. Os preços são negociados entre os provedores e as seguradoras, diz Collins, o que significa que o que é cobrado dos pacientes ou das seguradoras geralmente tem pouca semelhança com os custos reais da prestação de serviços médicos. "Encontramos uma incidência alta de pessoas que dizem que seus custos de saúde são inacessíveis, em todos os tipos de plano de saúde, até mesmo no Medicaid e no Medicare (financiados pelo governo)", diz ela. "As pessoas acumulam dívidas médicas porque não conseguem pagar as faturas. Isso é exclusivo dos Estados Unidos. Nós realmente temos uma crise de dívida médica." Uma pesquisa realizada por pesquisadores da fundação de políticas de saúde KFF mostrou que cerca de dois terços dos americanos disseram que as seguradoras são "muito" culpadas pelos altos custos da assistência médica. A maioria dos adultos segurados, 81%, ainda classificou seu plano de saúde como "excelente" ou "bom". Christine Eibner, economista do think tank sem fins lucrativos RAND Corporation, afirmou que, nos últimos anos, as seguradoras têm negado cada vez mais a cobertura de tratamentos e usado autorizações prévias para recusar a cobertura. Ela disse que os prêmios (valores) dos planos de saúde são de cerca de US$ 25 mil por família. "Além disso, as pessoas têm de arcar com custos extras, que podem facilmente chegar a milhares de dólares", afirma. A UnitedHealthcare e outras provedoras de plano de saúde enfrentam processos judiciais, investigações da imprensa e auditorias do governo sobre suas práticas. No ano passado, a UnitedHealthcare fez um acordo em uma ação judicial movida por um estudante universitário com doença crônica, cuja história foi publicada pelo site de notícias ProPublica, que diz que ele se deparou com US$ 800 mil em despesas médicas quando seus medicamentos receitados pelo médico foram negados. Atualmente, a empresa está lutando contra uma ação judicial coletiva que alega que ela usa inteligência artificial para encerrar tratamentos precocemente. A reportagem entrou em contato com o UnitedHealth Group para comentar e não teve resposta até a publicação dessa matéria. (*Matéria da BBC)
- Brasileiro alega inocência em caso de estupro de menor em Massachusetts
Os crimes contra a menor teriam começado em Rondônia (Foto: Cortesia Condado de Plymouth) PLYMOUTH - O brasileiro Werlen Bozani Luiz , de 48 anos, acusado de violência sexual contra sua enteada, alegou inocência na sexta-feira, 6, após ser capturado por agentes do U.S Marshals na Carolina do Norte e transferido para Plymouth, em Massachusetts. Bozani está detido sem direito a fiança até voltar à Corte na quinta-feira, 12, para a audiência de periculosidade. Neste caso, o juiz decide se sua liberdade, mesmo que condional, acarreta riscos para a sociedade. O rondoniense era considerado foragido da Justiça de Massachusetts desde 2021, mas as autoridades acreditavam que ele havia retornado ao Brasil. Em julho, o detetive Robert Shaw recebeu a informação de que Bozani estava nos Estados Unidos e, assim, obteve vários mandados de busca até localizá-lo em 15 de novembro na cidade de Statesville. O brasileiro responde por sete acusações de estupro de menor, uma de agressão e lesão corporal e outra de estrangulamento. De acordo com o processo, os crimes aconteceram em diversas partes do Condado de Plymouth entre setembro de 2019 e junho de 2021 , quando ele foi denunciado. Naquele mesmo ano, a mãe da menor também foi indiciada na Corte Distrital de Plymouth. A criança alegou que apanhou da mãe com um cabo de extensão quando tentou falar sobre a violência. Mas o Boletim de Ocorrência feito nos EUA destaca que a menor já era vítima de abusos no Brasil. O relacionamento de Bozani com a mãe da menor começou em dezembro de 2017, quando ela tinha 11 anos. A investigaação cita que uma denúncia sobre o assédio teria sido feito em uma delegacia, mas o caso não foi adiante. O Tribunal de Justiça de Rondônia não respondeu ao pedido de comentário da Manchete USA até a publicação dessa matéria. Em agosto de 2019, o casal se mudou para os EUA com a criança e os abusos continuaram a ser praticados. De acordo com o depoimento da menor, ela era violentada por Bozani quando a mãe não estava em casa e "às vezes ele chegava mais cedo do trabalho" para cometer o crime. Em 20 de junho de 2020, a menina tentou contar para mãe que a atingiu com um soco de punho fechado na face e com golpes com um cabo de extensão. O policial que atendeu a ocorrência relatou que as marcas da violência na criança eram visíveis. A mãe, que não está sendo identificada para proteger a privacidade da vítima, foi presa. A mulher assumiu a culpa em 2022 e cumpriu liberdade condicional até outubro de 2023, quando as acusações de agressão foram arquivadas. Ao Serviço Social (DCF, na sigla em inglês), a criança disse que Bozani participou das agressões ao lado da mãe, "a empurrou, a chutou nas pernas, forçando que ela ficasse de joelhos. Em certo momento colocou um travesseiro contra o seu rosto, provocando asfixia". Bozani teria ainda quebrado o telefone da menina para impedir que ela ligasse para a polícia. Um vizinho da família disse que Bozani deixou o local dirigindo uma SUV e bateu contra latas de lixos e derrubou pelo menos uma cerca. Com a denúncia a polícia já o indiciou por deixar o local onde provocou danos a materiais de terceiros. À Polícia, Bozani admitiu ter causado danos em algumas caixas de correios mas que a 'pressa era porque estava atrasado para o trabalho'. Ele foi capturado e cumpriu parte da pena pelos danos materiais em liberdade condicional a partir de abril de 2021. Mas sem poder sair de Massachusetts e ainda sendo investigado pelo caso de abuso sexual, Bozani fugiu. Agora ele vai responder pelos crimes de agressão, abuso sexual e evasão.
- Imigrantes devem ser proativos diante das ameaças de deportação
WASHINGTON - Especialistas são unânimes ao dizer que os imigrantes precisam "ser proativos sem serem alarmistas, não sucumbir ao medo, tomar precauções, não se precipitar e buscar aconselhamento" frente à ameaça de deportações em massa feita pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano, que demonizou os migrantes com insultos como "selvagens", "animais" ou "criminosos", promete executar "a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos" assim que assumir o cargo, em 20 de janeiro, para "livrar", segundo ele, o país do que considera uma "invasão". Trump repetiu incansavelmente esse discurso durante a campanha eleitoral e, após vencer as eleições, formou uma equipe de linha-dura contra a imigração ilegal. O clima hostil assusta os aproximadamente 11 milhões de imigrantes que vivem em situação irregular nos EUA, muitos deles já viveram a política de "tolerância zero" aplicada por Trump de 2017 a janeiro de 2021. As pessoas mais vulneráveis "são aquelas com ordens de deportação" pendentes. Estima-se que haja 1,3 milhão nessa situação. A seguir, estão aquelas com proteções temporárias como o Daca, que contempla os imigrantes que chegaram crianças aos EUA, e o TPS, que concede permissão de residência e trabalho por um período. Alguns casos podem ser resolvidos antes de 20 de janeiro, mas muitos outros não, e a pressa não é uma boa opção, alertam os defensores de imigrantes no país. Eles alertam que os casos devem ser preparados porque é provável que a administração Trump os indefira "de imediato" em vez de solicitar provas ou permitir que sejam feitas correções. Helena Olea, vice-diretora de programas da Alianza Américas, uma coalizão de mais de 50 associações de defesa dos migrantes no país, incentiva a busca por assessoria legal, pois cada caso é diferente. "Há muito medo" e muitos estão considerando "deixar o emprego por medo de batidas no local de trabalho, especialmente em grandes empresas", declarou a ativista de 54 anos. "Há desinformação de uma parte e outros que não conseguem compreender a dimensão do que está por vir, ou acreditam que é mais retórica do que o que realmente vai acontecer", disse, insistindo em que "os trâmites administrativos são muito importantes". "Devem registrar seus filhos nos consulados" e aqueles que têm "filhos com nacionalidade americana devem tirar o passaporte deles para poder levá-los, caso queiram, ou para que possam visitá-los", detalha. Também podem dar "um poder a alguém de confiança para que possam vender seus bens, como carros", em seu nome, caso sejam deportados sem aviso prévio, explica. Mas "queremos que as pessoas não se precipitem em tomar ações, que pensem com calma", afirma Olea.
- Biden concede perdão presidencial a filho
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mudou de ideia e concedeu na noite do domingo, 1, o perdão ao filho por suas condenações relacionadas à posse ilegal de arma e evasão fiscal. Hunter Biden se declarou culpado das acusações de evasão fiscal em setembro, e foi considerado culpado de ser um usuário de drogas ilegais em posse de uma arma em junho — tornando-se o primeiro filho de um presidente em exercício a ser condenado por um crime. Ao anunciar sua decisão de conceder o indulto ao filho, o democrata afirmou que, embora acreditasse no sistema judiciário, "a política infectou este processo e levou a um erro judicial". "Tem havido uma tentativa de acabar com Hunter — que está sóbrio há cinco anos e meio, mesmo diante de ataques implacáveis e processos judiciais seletivos”, escreveu Joe Biden em uma declaração à imprensa anunciando sua decisão. ”Ao tentar destruir Hunter, eles tentaram acabar comigo — e não há razão para acreditar que isso vai parar por aqui. Já basta." A explicação do presidente pode parecer familiar para qualquer pessoa que tenha ouvido Donald Trump criticar o sistema de Justiça dos Estados Unidos nos últimos anos. Biden tornou-se o primeiro presidente dos EUA a conceder indulto ao filho — mas não é o primeiro a perdoar um parente. Charles Kushner, sogro de Ivanka Trump, filha do ex-presidente, teve sua ficha limpa em 2020, depois que Donald Trump concedeu clemência a ele antes de deixar o cargo. O ex-presidente Bill Clinton também fez uso de seus poderes antes do fim do seu segundo mandato, perdoando seu meio-irmão Roger, que havia sido condenado por acusações relacionadas ao porte de cocaína em 1985, e cumprido mais de um ano de prisão depois de se declarar culpado de conspiração para distribuir drogas. Hunter Biden não é, no entanto, a primeira pessoa a quem seu pai concedeu indulto desde que assumiu o cargo. Joe Biden concedeu perdão até agora a outras 25 pessoas, a maioria delas era acusada de crimes relacionados a drogas. Para efeito de comparação, Trump havia concedido 29 indultos a esta altura do seu primeiro mandato, mas acabou deixando a Casa Branca tendo concedido um total de 143. Após o anúncio da decisão do pai, Hunter Biden divulgou uma declaração dizendo que havia "admitido e assumido a responsabilidade por meus erros durante os dias mais sombrios do meu vício" — e que não deixaria de valorizar a clemência. O indulto representa o perdão legal, põe fim a qualquer punição adicional e restaura direitos como poder votar ou concorrer a cargos públicos.
- Idosa morta por maus-tratos era cabo verdiana
BROCKTON - A mulher de 79 anos que morreu dias após ser encontrada debilitada e cheia de feridas em um colchão com baratas, percevejos e fezes em Brockton, em Massachusetts, no ano passado não é brasileira como reportou perfis nas redes sociais e jornais no Brasil essa semana. De acordo com o obtuário da cidade, Dinorá Cardoso nasceu em Brava, Cabo Verde. O caso provocou grande comoção após a filha e a neta da idosa serem indiciadas na sexta-feira, 22, por negligenciar os cuidados com a vítima, além de roubar e fraudar o MassHealth. Eva Cardoso, 53 anos, era a cuidadora oficial da mãe. Por meio de um programa do governo, ela recebia cerca de US$ 140 mil para cuidar de Dinorá. Kayla Cardoso, 31, era substituta de Eva e recebia parte do dinheiro regularmente. Segundo a promotoria, elas enviaram cobranças para o MassHealth inclusive quando a idosa estava internada e depois de sua morte. Eva também foi acusada de homicídio culposo e teve a fiança fixada em US$ 5 mil. Já Kayla foi liberada para responder ao processo em liberdade após pagar US$ 500. Situação Degradante Dinorá morreu no dia 19 de maio de 2023, dois dias após ser encontrada em um colchão com baratas, percevejos e fezes na casa onde vivia. A causa da morte foi um quadro de fasciíte necrosante e sepse, infecções graves causadas por feridas contaminadas. De acordo com os autos da corte, Eva foi quem pediu a ambulância para a mãe. Terceira Acusada A enfermeira Lisa Hamilton, de 61 anos, que era responsável por monitorar o bem-estar de Dinorá, vai responder por negligência e por prestar declarações falsas. Uma semana antes da morte, a profissional de saúde relatou que a idosa estava limpa, alerta, bem cuidada e com diabetes controlado. Mas o boletim médico descreveu um quadro totalmente diferente. Lisa poderá continuar trabalhando como enfermeira, sob supervisão, e sua fiança foi fixada em US$ 500. As três acusadas se declararam inocentes.
- Especialista orienta como evitar golpes e fraudes na Black Friday
NOVA YORK - Especialistas confirmam que o período entre a Black Friday e a Cyber Monday são os melhores momentos para fazer compras, mas mesmo assim é preciso ter cuidado para não cair em golpes nem gastar além do orçamento. O momento é propício para comprar eletrônicos e outros itens mais caros. "De fato há descontos sedutores e o consumidor atento vai saber percebê-los", avisa a expert em direitos do consumidor, Andrea Woroch. As dicas são simples para aproveitar as ofertas que precisam registrar pelo menos 20% off para caracterizar as promoções da Black Friday e Cyber Monday. "Conheça os valores dos produtos que você quer comprar. Se vai comprar um telefone, por exemplo, você deve ter acompanhado o preço durante o ano e agora vai saber se há de fato um desconto real", diz. O importante é não se endividar. "Faça uma lista do que precisa e trace o seu orçamento. Não compre só por comprar nem sobrecarregue o seu cartão de crédito". Para quem gosta da adrenalina de enfrentar filas nas madrugadas, tenha em mãos os planfletos ou recortes de anúncios sobre a promoção. Se não tiver especificado na propaganda o número limitado do item e já não tiver o produto quando o consumidor entrar na loja, ele tem direito a um rain check que garante recebê-lo nos próximos dias, alerta a Procuradoria Geral de Massachusetts. As compras on-line também exigem cuidado. A orientação é navegar em sites conhecidos e confirmar se o endereço do navegador é o e quilavente ao oficial da loja. "Ao clicar em propagandas, o consumidor pode ser direcionado para páginas falsas." O pagamento pela internet sempre deve ser feito com um cartão de crédito. "Em caso de golpe, fica mais fácil recuperar o seu dinheiro", pontua Andrea. Além disso, o consumidor precisa estar atento às políticas de devolução e troca de cada loja física e virtual na Black Friday. "As regras devem estar acessíveis para o comprador", finaliza.
- Thanksgiving registra tráfego intenso e filas nos aeroportos
NOVA YORK - As estradas e aeroportos dos Estados Unidos já somam números recordes de viajantes nesta semana de Thanksgiving ao mesmo tempo em que enfrentam o mau tempo em alugmas regiões. Entre esta terça-feira, 26, e segunda-feira, 2, cerca de 80 milhões de americanos nas estradas, segundo a última atualização da Associação Americana de Automóveis (AAA). Hoje e amanhã devem ser os dias mais congestionados. Em áreas metropolitanas, como Boston, Los Angeles, Nova York, Seattle e Washington, o tráfego nos dias do feriado de Ação de Graças deve ser duas vezes mais intenso do que em dias normais, avisa o AAA. A Administração de Segurança no Transporte (TSA, na sigla em inglês) espera um aumento de 6% no movimento em relação ao ano passado. Isso significa mais de 18, 3 milhões de passageiros aéreos. O alto fluxo está causando filas de mais de 30 minutos no setor de segurança, informa a TSA. Segundo as autoridades, é preciso sair de casa mais cedo e esperar atrasos diante da previsão de tempestades e neve, um agravante para deixar as condições de tráfego e as viagens aéreas ainda mais caóticas durante o Thanksgiving.
- Universidades americanas anunciam custo zero para alunos de baixa renda
BOSTON - Dezenas de instituições de Ensino Superior espalhadas pelos Estados Unidos anunciaram na última semana programas de custo zero para alunos de baia renda a partir do outono de 2025. O Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, informou que os estudantes de famílias que recebem até US$ 200 mil por ano podem requerer a bolsa de estudo integral, isso amplia o acesso à universidade para 80% das famílias americanas. Atualmente, o benefício está diponível para estudantes com renda de até US$ 140 mil. O MIT ainda vai cobrir todos os custos de moradia, alimentação e material didático de alunos com renda familiar abaixo de US$ 100 mil. Além do MIT, outra universidade em Massachusetts vai oferecer o alívio. A Brandeis University,em Waltham, anunciou o The Brandeis Commitment. A partir do outono, os alunos de famílias que ganham até US$ 75 mil por ano podem ter bolsa integral enquanto aqueles com renda abaixo de US$ 200 mil garantem um desconto de 50%. A anuidade da Brandeis custa cerca de US$ 67 mil. O programa não está disponível para estudantes internacionais e de pós-graduação, avisa a instituição. Já a Universidade do Texas anunciou que os alunos de graduação de qualquer uma de suas nove faculdades cujas famílias recebem US$ 100 mil ou menos por ano garantem mensalidades e taxas gratuitas. Para se qualificar, o estudante deve ser residente no Texas, estar matriculado em tempo integral em programas de graduação e atender os requisitos exigidos para os auxílios financeiros federal e estadual. Em Pittsburgh, na Pensilvânia, a Carnegie Mellon University também é uma das universidades americanas que vão beneficiar estudantes de famílias com renda anual abaixo de US$ 75 mil. Eles vão frequentar as aulas através do CMU Pathway. Os alunos de graduação novos e antigos têm acesso ao benefício desde que sejam cidadãos americanos ou residentes permanentes. A John's College – terceira faculdade mais antiga do país - adotou normas mais acessíveis em seus campi em Annapolis, Maryland, e em Santa Fé, Novo México. A universidade afirma que vai cobrir as mensalidades para estudantes de famílias que ganham anulamente US$ 75 mil ou menos. "Os cidadãos dos EUA e residentes permanentes que enviam o Pedido Gratuito de Auxílio Federal ao Estudante (FAFSA) vão ter acesso a essa ajuda", diz o comunicado no John's College.
- EUA autorizam taxa de congestionamento em NY
NOVA YORK - O Departamento de Transportes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira, 22, o plano de Nova York de impor uma taxa de US$ 9 para quem dirigir em Manhattan a partir de 5 de janeiro, A chamada "taxa de congestionamento", a primeira do gênero nos EUA, foi reativada na semana passada pela governadora Kathy Hochul, depois de ter sido suspensa por tempo indeterminado em junho. Nova York planeja cobrar um pedágio de 9 dólares durante o dia para carros que trafegarem em Manhattan ao sul da rua 60. O plano anterior, que deveria ter entrado em vigor no dia 30 de junho, previa uma cobrança de US$ 15. A medida visa arrecadar bilhões para o transporte coletivo e reduzir congestionamentos na cidade. A taxa já havia sido aprovada pelas autoridades de transporte estadual na semana passada. A intenção é ter 80 mil veículos a menos nas ruas "do distrito mais congestionado do país".
- Americanos querem que Trump foque em inflação nos 100 primeiros dias
WASHINGTON - Os americanos acreditam que a inflação deve ser a prioridade do presidente eleito Donald Trump nos seus 100 primeiros dias no cargo, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos publicada nesta terça-feira, 19. Para cerca de 35% dos entrevistados que foram ouvidos durante três dias no último fim de semana, a inflação é a área em que Trump precisa se concentrar, em comparação com 30% que citaram a imigração e 27% que mencionaram empregos e a economia em geral. Outros 23% disseram que o republicano, que tomará posse em 20 de janeiro, deveria focar a unificação do país. Percentuais menores mencionaram impostos, criminalidade ou conflitos internacionais como prioridades. Trump derrotou Kamala Harris na eleição de 5 de novembro e seu partido conquistou o controle do Senado dos EUA, além de manter a maioria na Câmara. Ele prometeu usar o domínio republicano para implementar mudanças políticas significativas, incluindo novas tarifas sobre importações, cortes de impostos e deportação em massa de imigrantes. Trump prometeu impor pesadas tarifas sobre as importações chinesas, mas economistas alertam que um regime agressivo de taxas pode aumentar os preços, à medida que as empresas repassam os custos aos consumidores. Isso poderia reacender as altas taxas de inflação que marcaram o governo do presidente democrata Joe Biden e ajudaram Trump a vencer a eleição deste ano. A inflação disparou em 2021 e 2022 devido à interrupção das cadeias de suprimento globais durante a pandemia de Covid-19. Recentemente, os aumentos de preços se moderaram, mas a taxa anual de inflação permanece elevada. Apenas 1% dos entrevistados na pesquisa disseram que Trump deveria se concentrar no comércio internacional e nas tarifas. Entre os republicanos na pesquisa, 56% apontaram imigração como a principal área de foco para Trump, em comparação com 11% dos democratas. A maior parte dos democratas (33%) disse que Trump deveria priorizar a unificação do país, enquanto 12% dos republicanos também disseram isso. A pesquisa revelou um leve otimismo entre os republicanos após a eleição de Trump. Cerca de 30% deles disseram que o país estava indo na direção certa, em comparação com 3% em uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 25 a 27 de outubro, pouco antes da eleição. Apenas 8% dos democratas afirmaram que o país estava no caminho certo na pesquisa mais recente, uma queda em relação aos 29% registrados em outubro. Trump está prestes a assumir o cargo sem um alto índice de popularidade, refletindo a forte polarização política nos Estados Unidos. Cerca de 44% dos entrevistados na pesquisa disseram ter uma visão favorável de Trump, enquanto 51% expressaram uma visão desfavorável. A pesquisa, que entrevistou 1.014 adultos nos Estados Unidos, tem margem de erro de cerca de 3 pontos percentuais. (Com Reuters)
- Trump sugere que irá declarar estado de emergência nacional para deportar migrantes
WASHINGTON - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira, 18, que está preparado para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares como parte de seu plano para deportar migrantes em grande escala do país. Trump reagiu a uma publicação de Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, que havia mencionado os planos da próxima administração do republicano logo após as eleições. “Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está pronta para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe) Biden por meio de um programa de expulsões em massa”, escreveu Fitton em 9 de novembro. Ontem Trump comentou abaixo da mensagem: "Verdade!". Fontes ligadas ao magnata republicano afirmam que os planos da nova administração sobre o assunto já começaram a se delinear — e devem incluir a implementação de medidas rígidas na fronteira, a revogação de políticas de Biden e o início da detenção e deportação em larga escala de migrantes. Para isso, estão preparando a expansão de instalações de prisão. A Guarda Nacional é uma força militar sob o comando do governador de cada estado e pode ser convocada para a proteção do país em casos de conflito ou desastre. Em abril, Trump declarou que essa força “deveria ser capaz” de realizar as expulsões de migrantes em situação irregular. À revista Time, o presidente eleito disse que, se a Guarda Nacional não for capaz, ele usará “o Exército” para deportar os imigrantes e cumprir a sua promessa de campanha. "No primeiro dia, lançarei o maior programa de deportação da História americana para tirar os criminosos do nosso país. Vou resgatar cada cidade e vila que foi invadida e conquistada, colocaremos esses criminosos brutais e sanguinários na cadeia e depois os expulsaremos do nosso país o mais rápido possível"disse ele durante um comício no Madison Square Garden nos últimos dias da campanha presidencial. O político de 78 anos já nomeou vários defensores de uma política migratória rígida para cargos importantes em seu Gabinete, com o ex-diretor interino da Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA (ICE), Tom Homan, sendo nomeado a “czar da fronteira”. Ele não especificou em que consistirá o trabalho de Homan, mas o título do cargo é autoexplicativo. Homan é conhecido por sua posição linha-dura em relação à imigração. Entre 2017 e 2018, ele supervisionou uma política que resultou na separação de 4 mil crianças migrantes de seus pais. A governadora da Dakota do Sul Kristi Noem foi colocada à frente do Departamento de Segurança Interna, responsável pela proteção das fronteiras, alfândega e gestão da imigração, e o deputado Mike Waltz como conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Na campanha eleitoral, Trump também afirmou que “13 mil assassinos condenados” haviam entrado nos EUA durante o governo de Joe Biden, indicando que eles estariam “circulando livremente” no país. Segundo análise da equipe Verify, da BBC, ambas as falas são enganosas. A primeira delas porque a afirmação do republicano foi baseada em dados que abrangem um período de 40 anos, incluindo todas as administrações presidenciais desde pelo menos Ronald Reagan (1981-1989). De acordo com o Departamento de Segurança Interna americano, os dados foram “interpretados incorretamente”. Muitos dos migrantes que Trump alegou “circularem” pelo país, disse o órgão, estão “sob custódia ou atualmente encarcerados”. Dados oficiais indicam que dos 1,5 milhão que cruzaram a fronteira ilegalmente até setembro, 15.608 foram de pessoas com histórico criminal. A condenação mais comum foi por entrada ilegal em outro país (9.545), seguida por dirigir sob influência de substâncias (2.577) e delitos de posse e tráfico de drogas (1.414).