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- Governo começa devolução da taxa de programa imigratório anulado pela Justiça
WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos deve inciar nos próximos dias o reembolso de US$ 55 milhões arrecadados com os pedidos do programa imigratório extinto por um tribunal em novembro. De acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, na sigla em inglês), o valor é referente à taxa de aplicação (US$ 580) de cerca de 94 mil processos para o Keeping Families Together. O pagamento deve ser feito por cheques enviados por correio ou estorno no cartão de crédito. No dia 7 de novembro, dois dias após a eleição de Donald Trump, um juiz federal do Texas declarou ilegal a iniciativa do governo Joe Biden de acelerar o processo de obtenção de status legal para cônjuges estrangeiros e enteados de cidadãos americanos. De acordo com a decisão do juiz distrital J. Campbell Barker, o governo Biden "não tem autoridade legal" para implementar o ' parole in place '. Leia também: Juiz declara ilegal plano de Biden que favorece migrantes casados com americanos Plano Biden O plano Keeping Families Together (Mantendo as Famílias Unidas) foi lançado em junho e pretendia beneficiar pelo menos meio milhão de imigrantes nos EUA. O programa permitiria que indocumentados casados com americanos e considerados qualificados para residência permanente iniciassem os procedimentos sem a necessidade de deixar o país. As regras se aplicavam às pessoas que estão há pelo menos 10 anos no país e se casaram com um cidadão americano antes de 17 de junho de 2024, e também beneficiariam os quase 50 mil enteados. Essas pessoas receberiam autorização para trabalhar e o direito de permanecer nos EUA por até três anos enquanto solicitavam o "green card". Atualmente, quem deseja realizar o procedimento tem que fazer o trâmite fora do país, em um processo que leva anos e separa famílias.
- Autoridades alertam para golpe do pedágio
Mensagens recebidas por motoristas em Massachusetts são falsas, (Foto: Reprodução TV) BOSTON - O Departamento de Transporte de Massachussets (MassDOT, na sigla em inglês) está alertando os motoristas sobre um golpe que tenta roubar informações pessoais e financeiras através de torpedos fraudulentos em nome do órgão. O MassDOT afirma que não requer pagamentos por mensagens telefônicas e pede aos consumidores para ignorar e reportar ações suspeitas. O golpe é conhecido como smishing e envia mensagens de texto por telefone ou e-mails, afirmando ser uma agência de pedágio. Detalhes podem indicar o golpe. Um deles que deve ser observado é o código de área do número que envia os torpedos, geralmente os estelionatários usam telefones de fora dos Estados Unidos para a transmissão das mensagens. O modelo mais comum do smishing é o pedido de US$6,99 para pagar um pedágio e evitar taxas de atraso. Na mensagem consta um link para sanar a dívida que, quando ativado, rouba os dados financeiros e pessoais do usuário. O órgão orienta a não clicar em nenhum link nem fornecer informações privadas. Ao suspeitar de um contato o indivíduo deve ligar para o Departamento de Transporte local para verificar a autenticidade do conteúdo. O golpe surgiu em junho do ano passado em Connecticut e se espalhou para outros estados.
- Juiz declara ilegal plano de Biden que favorece migrantes casados com americanos
HOUSTON - Um juiz federal do Texas declarou nesta quinta-feira, 7, ilegal um programa do governo Joe Biden que acelera o processo de obtenção de status legal para cônjuges estrangeiros de cidadãos americanos. De acordo com a decisão do juiz distrital J. Campbell Barker, o governo Biden "não tem autoridade legal" para implementar o programa 'parole in place', um duro golpe na política de imigração do presidente democrata, que deixará o cargo em janeiro de 2025. Mas o procurador-geral do Texas e aliado de Trump, Ken Paxton, e um grupo de colegas republicanos processaram o Departamento de Segurança Interna (DHS) por aplicar a medida. Paxton disse que a medida "recompensava" aqueles que "violaram as leis". O presidente eleito Donald Trump declarou que os EUA são alvo de uma "invasão" e, após vencer Kamala Harris nas eleições presidenciais de 5 de novembro, reiterou as promessas de "deportações em massa" de migrantes sem documentos. Leia também: Juiz estende suspensão de plano imigratório de Biden O juiz Campbell, indicado durante o primeiro mandato de republicano, já havia aceitado o pedido de Paxton e decretado a suspensão temporária do programa em agosto. Um recurso provocou a retomada do plano, mas o juiz o bloqueou novamente e anunciou sua decisão final na quinta-feira. O governo Biden pode apresentar recurso. Plano Biden O plano Keeping Families Together (Mantendo as Famílias Unidas) foi lançado em junho e pretendia beneficiar pelo menos meio milhão de imigrantes nos EUA. O programa permitira que imigrantes sem status legal que são casados com americanos e considerados qualificados para residência permanente iniciassem os procedimentos sem a necessidade de deixar o país. As regras se aplicariam às pessoas que estão há pelo menos dez anos no país e se casaram com um cidadão americano antes de 17 de junho de 2024, e também beneficiariam os quase 50 mil enteados. Estas pessoas receberiam autorização para trabalhar e o direito de permanecer nos EUA por até três anos enquanto solicitavam o "green card". Antualmente, quem deseja realizar o procedimento tem que fazer o trâmite fora do país, em um processo que leva anos e separa famílias.
- Senado tem semana de sabatinas crucial para governo Trump
Novo Senado vai selar nomes do governo Trump WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos inicia esta semana uma série de sabatinas dos indicados por Donald Trump para compor o governo, antes mesmo de o republicano tomar posse, no próximo dia 20. As pessoas nomeadas pelo presidente eleito para ocuparem cargos-chave passam por análise e questionamentos das comissões de temas relacionados às respectivas funções. Os senadores votam no colegiado e dão um parecer favorável ou não à nomeação. Depois, os indicados são confirmados por maioria simples dos cem senadores no plenário da Casa. Eles só são efetivados no cargo após Trump assumir a Casa Branca. Cerca de 1.300 indicações precisam ser confirmadas pelo Senado, mas nem todas precisam de sabatina. Trump indicou 92 e tem outras centenas de cargos pendentes para preencher, segundo levantamento do jornal The Washington Post. Entre os nomes que serão ouvidos pelos senadores está uma das indicações mais polêmicas do presidente eleito: Pete Hegseth, que deve liderar o Departamento de Defesa. Ele participará de audiência na Comitê de Serviços Armados do Senado, que tem 25 participantes, às 7h30 da terça-feira (14). Hegseth é ex-apresentador da Fox News e veterano das guerras no Iraque e no Afeganistão. Ele enfrenta uma acusação de agressão sexual por uma mulher da Califórnia. A revista New Yorker revelou comportamentos controversos no passado, como má gestão financeira, comportamentos sexistas e embriaguez em eventos sociais de trabalho. Segundo a imprensa local, o FBI, a polícia federal americana, enviou um relatório com os antecedentes de Hegseth aos responsáveis pelo comitê que o ouvirá. Até o final do ano passado, senadores colocavam em xeque a aprovação do escolhido para comandar o Pentágono e supervisionar 1,3 milhão de soldados americanos na ativa. O presidente eleito, no entanto, manteve a escolha e iniciou uma ofensiva junto a aliados para conseguir maioria a favor de Hegseth. Segundo o Washington Post, Trump foi avisado por John Thune, líder da maioria no Senado, que o ex-Fox News terá os votos necessários para ser aprovado. Senadores também vão sabatinar a ex-procuradora-geral da Flórida Pam Bondi, escolhida para um dos cargos mais relevantes do governo: chefe do Departamento de Justiça. Em comparação com o Brasil, o órgão acumula funções que ora se assemelham ao Ministério Público Federal, ora à Advocacia-Geral da União. A pasta também tem sob seu guarda-chuva o FBI. Bondi foi indicada após a primeira escolha de Trump, o ex-deputado Matt Gaetz, ser obrigado a desistir porque seria rejeitado pelo Congresso devido a acusações de má conduta sexual. Pam será ouvida na manhã de quarta-feira (15) pelo Comitê Judiciário do Senado. Bondi endossou as acusações de fraude nas eleições de 2020 vociferadas por Trump e prometeu retaliação aos promotores que a acusaram de tentar impedir a posse de Joe Biden. "Quando os republicanos tomarem a Casa Branca, sabe o que vai acontecer? No Departamento de Justiça, os promotores serão processados –os maus–, os investigadores serão investigados", afirmou a advogada em entrevista à Fox News no ano passado. Marco Rubio, outro aliado de Trump indicado para cargo estratégico na administração, também será ouvido pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado, na manhã de quinta-feira (16). Rubio foi indicado para o Departamento de Estado, o que pode torná-lo o chefe da diplomacia americana. Caberá a ele tocar e definir a política externa do governo Trump. Rubio, cubano-americano, focou nos últimos anos políticas para a América Latina e tem adotado um discurso linha-dura em relação a países geridos por regimes de esquerda, como Cuba e Venezuela. Outras duas indicações polêmicas de Trump ficaram de fora da agenda inicial desta semana: Kash Patel, escolhido para comandar o FBI, e Tulsi Gabbard para a diretoria de Inteligência Nacional. Elon Musk e Vivek Ramaswamy foram indicados para chefiar o novo Departamento de Eficiência Governamental, mas não precisam passar por confirmação do Senado. A ideia é que o novo órgão, que terá papel de reduzir os gastos governamentais, seja consultivo. Poderia ser, por exemplo, um comitê na Casa Branca. Essa foi a forma encontrada para evitar os conflitos de interesse que poderiam barrar Musk. VEJA CRONOGRAMA DAS SABATINAS NO SENADO Terça-feira (14) 9 h: Doug Collins, Departamento de Assuntos de Veteranos Ex-deputado da Geórgia e ministro batista, Collins foi capelão da Marinha dos EUA e coronel da Reserva da Força Aérea. O órgão para o qual foi indicado trata da saúde dos veteranos. 9h30: Pete Hegseth, Departamento de Defesa Ex-apresentador do "Fox & Friends" e veterano de guerra, Hegseth enfrenta questionamentos sobre seu comportamento, incluindo acusações de agressão sexual e condutas controversas. O órgão cuida do Pentágono. 10h: Doug Burgum, Departamento do Interior Ex-governador de Dakota do Norte, Burgum é empresário e aliado de Trump. O departamento trata da gestão das terras públicas dos EUA e lidera o Conselho Nacional de Energia. Quarta-feira (15) 9h: Kristi Noem, Departamento de Segurança Interna Ex-governadora de Dakota do Sul, ex-deputada e pecuarista. A pasta cuida de segurança da fronteira, pauta fundamental no contexto atual, e operações de deportação (promessa de campanha de Trump). 9h30: Pam Bondi, Departamento de Justiça Ex-procuradora-geral da Flórida, Bondi é vista como uma fiel aliada de Trump. Ela já disse que investigaria promotores que processaram Trump. 10h: Sean Duffy, Departamento de Transportes Ex-deputado de Wisconsin e coapresentador no Fox Business,. Cabe ao órgão cuidar de questões de infraestrutura e transporte nos EUA. 10h: John Ratcliffe, CIA Ex-deputado do Texas e ex-diretor de inteligência nacional. A CIA é responsável por operações secretas e coleta de informações sobre inimigos dos EUA. 10h: Marco Rubio, Departamento de Estado Senador da Flórida e ex-membro do Comitê de Relações Exteriores, Rubio será o chefe da diplomacia dos EUA, se aprovado pelo Senado, como deve ser. 10h: Chris Wright, Departamento de Energia Wright é um executivo do setor de energia e negacionista das mudanças climáticas. Caberá a ele regular a produção de energia e a segurança nuclear dos EUA, além de integrar o Conselho Nacional de Energia. 13h: Russell Vought, Escritório de Gestão e Orçamento Vought foi um dos responsáveis pelo Projeto 2025, um plano conservador para o segundo mandato de Trump do qual o republicano procurou se desassociar durante a campanha. Ele supervisiona o orçamento presidencial e a revisão de regulamentações. Quinta-feira (16) 10h: Scott Turner, Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano Ex-jogador da NFL e ex-membro da Câmara do Texas, Turner foi nomeado para chefiar o HUD, responsável por políticas habitacionais e a promoção de leis de habitação justa. 10h: Lee Zeldin, Agência de Proteção Ambiental Ex-deputado de Nova York, Zeldin será questionado sobre a liderança na EPA, agência encarregada de proteger o meio ambiente e regular padrões nacionais de saúde e segurança. 10h15: Pam Bondi, Dia 2 no Comitê Judiciário do Senado. 10h30: Scott Bessent, Departamento do Tesouro Bessent, bilionário e gerente de investimentos, seria o primeiro membro do gabinete abertamente LGBTQIA+ a ser confirmado em uma administração republicana. Ele supervisionaria políticas fiscais e financeiras e a dívida pública. Datas não confirmadas Algumas audiências ainda não foram marcadas, incluindo de indicações controversas como Robert F. Kennedy Jr. (Saúde), Lori Chavez-DeRemer (Trabalho), Tulsi Gabbard (Inteligência Nacional), Howard Lutnick (Comércio), Linda McMahon (Educação), Kash Patel (FBI), Brooke Rollins (Agricultura) e Elise Stefanik (embaixadora na ONU). ** Com AF **
- ICE prende brasileiro duas vezes após Justiça descumprir acordo
Capturado, brasileiro está sob a custódia do ICE até o fim dos processos (Foto: Divulgação ICE) BOSTON - O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) anunciou essa semana que precisou prender o brasileiro Agnaldo Moreira da Cruz, 29, pela segunda vez após Justiça descumprir acordo. Em comunicado emitido na terça-feira, 7 , a agência culpou o Centro Correcional e a Corte de Barnstable, em Massachusetts, por libertar o acusado de estupro e extorsão, desrespeitando a solicitação de custódia federal. “Moreira Da Cruz foi acusado de crimes violentos muito graves, incluindo violação e extorsão com ameaça de lesão. Este não é alguém que você queira libertar na comunidade, mas já por duas vezes nossos pedidos foram ignorados", afirmou o órgão em nota. O ICE afirma que emitiu um pedido de detenção assim que Cruz foi preso pela Polícia de Yarmouth em 25 de agosto de 2023, acusado de estupro e extorsão com ameaça de lesão. O brasileiro ficou sob custódia da Justiça criminal durante o processo até conseguir liberdade condicional em 18 de junho do ano passado. O ICE não foi avisado. O órgão federal localizou e prendeu Cruz em 16 de outubro e, após receber um pedido de Habeas Corpus, entregou o brasileiro para a Corte como um detento no dia 27 de novembro. O Tribunal liberou o brasileiro mais uma vez sob fiança no dia 5 de dezembro e não notificou o ICE. Os agentes federais foram atrás de Cruz e o prenderam cinco dias depois. Ele vai ficar sob a custódia do ICE até o fim dos processos nas varas criminal e de imigração. A Manchete USA não conseguiu contato com a defesa de Cruz até a publicação dessa matéria.
- Trump escapa de prisão em processo sobre suborno a atriz pornô dias antes de posse
Donald Trump alega completa inocência e diz que vai recorrer da decisão NOVA YORK – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não será preso nem terá de pagar multa por ter sido considerado culpado em um processo sobre o pagamento secreto a uma atriz pornô. A decisão do juiz do caso foi divulgada nesta sexta-feira, 10 mas ele também determinou que o veredito de culpado fique na ficha permanente do republicano. A sentença do juiz Juan Merchan que determinou dispensa incondicional a Trump, de 78 anos, ao mesmo tempo o torna o primeiro presidente a assumir o cargo com uma condenação criminal. Trump se declarou inocente e prometeu recorrer do veredito. O republicano está na Flórida e participou virtualmente da audiência realizada em um tribunal de Nova York. Ele apareceu em uma TV colocada na sala de audiências com duas bandeiras dos Estados Unidos ao fundo. “Tem sido uma caça às bruxas política”, disse Trump antes da sentença. “Foi feita para prejudicar minha reputação para que eu perdesse a eleição e, obviamente, não funcionou.” “Sou totalmente inocente, não fiz nada de errado”, acrescenta Trump que não prestou depoimento durante as seis semanas de julgamento realizado no ano passado. Agora que foi sentenciado, Trump está livre para recorrer da condenação, um processo que poderá levar anos e ocorrer enquanto estiver cumprindo seu mandato de quatro anos como presidente. O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, um democrata, acusou Trump, um republicano, em março de 2023, de 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir o pagamento de 130 mil dólares feito por seu ex-advogado Michael Cohen à estrela de filmes adultos Stormy Daniels, buscando o silêncio dela antes da eleição de 2016 sobre um encontro sexual que ela disse ter tido com Trump. O presidente eleito negou tal encontro. Em tempo: Trump derrotou a democrata Hillary Clinton naquela eleição. Um júri de Manhattan considerou Trump culpado de todas as 34 acusações em 30 de maio do ano passado. ** Com Reuters **
- Funeral de Jimmy Carter promove reunião de cinco presidentes dos EUA
Obama e Trump conversaram e riram antes de começar a cerimônia WASHINGTON - O funeral do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter nesta quinta-feira, 9, reuniu cinco líderes que ocuparam o cargo no país - Joe Biden, Donald Trump, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton - para homenagear o democrata. Carter, vencedor do Nobel da Paz, morreu no último 29 de dezembro em sua casa, em Plains, no estado da Geórgia. Suas últimas aparições públicas haviam sido no funeral da esposa em novembro de 2023, e ao votar em Kamala Harris, em outubro do ano passado. Durante o funeral na Catedral de Washington, Obama —que estava sem a esposa Michelle— e Trump se sentaram lado a lado, conversaram e riram antes do início da cerimônia. O republicano ainda teve o primeiro encontro com seu ex-vice, Mike Pence, que disputou a candidatura com Trump e se recusou a apoiá-lo no último pleito. O atual presidente, Joe Biden, e a primeira dama, Jill Biden, sentados ao lado da atual vice, Kamala Harris, e seu marido, Doug Emhoff ocupavam a primeira fileira. Os casais Bush e Clinton também marcam presença na cerimônia. Biden discursou no funeral e exaltou a personalidade de Carter, com quem manteve uma relação de amizade e apoio político desde seu primeiro mandato como senador, em 1973, aos 31 anos. Segundo ele, o ex-presidente "tornou reais os ideais de seu salvador". Amar o próximo como a si mesmo é "fácil de dizer, mas muito, muito difícil de fazer", disse. Mas, segundo Biden, Carter fez isso. A criação do Carter Center, instituição sem fins lucrativos, por exemplo, consolidou a luta do ex-presidente e sua esposa, Rosalynn, para o avanço da democracia, resolução de conflitos e prevenção de doenças pelo mundo. O presidente da fundação, Jason Carter, neto do ex-mandatário, também falou durante a cerimônia. "Ele erradicou uma doença com amor e respeito. Ele fez a paz com amor e respeito. Ele liderou esta nação com amor e respeito. Para mim, esta vida foi uma história de amor desde o momento em que ele acordou até a hora de descansar." Durante o ato, também discursaram James Carter, neto do ex-mandatário, além de Steven Ford e Ted Mondale, filhos respectivamente do ex-presidente Gerald Ford —morto em 2006—, e do vice de Carter, Walter Mondale, morto em 2021. Ambos leram textos deixados por seus pais, com quem Carter teve importantes relações políticas, que destacaram sua humildade, capacidade de negociação e liderança. Sua atuação na garantia de paz e dos direitos humanos em inúmeros conflitos internacionais foi o que lhe rendeu o Nobel da Paz em 2002. "Os vínculos da nossa humanidade comum são maiores do que as divisões de nossos medos e preconceitos. Deus nos deu a capacidade de escolher. Nós podemos escolher por aliviar o sofrimento. Nós podemos escolher por trabalhar juntos pela paz. Nós podemos fazer essas mudanças –e devemos", disse Carter ao receber o prêmio. Carter é provavelmente o ex-presidente americano mais devoto à sua fé religiosa. Ele costumava lecionar na escola dominical da Igreja Batista Maranatha, em sua cidade natal até os 90 anos. ** Com Agências **
- Deputados aprovam projeto de lei contra imigrantes acusados de crimes menores
Presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, durante sessão na terça-feira WASHINGTON - A Câmara dos Estados Unidos aprovou na terça-feira, 7, um projeto de lei que coloca imigrantes indocumentados acusados de crimes não violentos como alvo de deportação, uma iniciativa republicana para colaborar com a promessa do presidente eleito Donald Trump de expulsar o maior número possível de estrangeiros irregulares do país. "Conforme prometemos, começamos hoje com a segurança fronteiriça. Se fizessem uma pesquisa com a população e os eleitores, diriam que essa é a prioridade", afirmou antes da votação o republicano Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes. O Laken Riley Act teve o voto de 48 democratas e de todos os 216 republicanos e agora segue para o Senado, onde deve ser votado ainda essa semana. O Senado também é controlado por 53 republicanos, mas depende de sete votos democratas para aprovar a proposta. Os senadores democratas Ruben Gallego, do Arizona, e Elisa Slotkin, do Michigan, eleitos em novembro, votaram a favor da legislação no ano passo quando eram deputados. “Este projeto de lei não é apenas uma peça legislativa. É um retorno aos valores americanos de bom senso”, disse o deputado republicano Tom Emmer, de Minnesota. “E sob a liderança do presidente Trump haverá mais de onde isso veio.” Já o deputado John Fetterman, democrata da Pensilvânia e marido de uma brasileira, alegou apoiar "ferramentas para as autoridades evitarem tragédias como esta enquanto trabalhamos para consertar de forma abrangente nosso sistema quebrado”. O projeto de lei exige que as autoridades federais detenham imigrantes indocumentados acusados de roubo, furto, roubo ou furto em lojas, ampliando a lista de acusações que poderiam levar à detenção e possível deportação. Os opositores à proposta de lei argumentam que a mudança pode colocar o futuro de pessoas inocentes em xeque. “Infelizmente, existem inúmeros exemplos da vida real de indivíduos que foram presos injustamente por crimes que não cometeram”, disse a deputada Pramila Jaipal, democrata de Washington. “As pessoas merecem o seu dia no tribunal e são inocentes até prova em contrário. Parece ser algo que a maioria esqueceu ou não percebeu.” A lei também confere aos procuradores-gerais dos Estados o direito de processar o advogado geral da União e o secretário do Departamento de Segurança Interna se um imigrante que entrou ilegalmente nos EUA após ser detido na fronteira cometer um crime. Os críticos observam que a disposição é inconstitucional e permite que autoridades locais definam a política federal de imigração. Laken Riley O Ato Laken Riley recebe esse nome em referência a uma estudante de enfermagem de 22 anos que foi morta no ano passado na Geórgia por um imigrante que entrou ilegalmente no país. O venezuelano José Antonio Ibarra havia sido preso por roubo de uma loja e solto sob fiança antes do assassinato. Em novembro ele foi condenado à prisão perpétua por homicídio. O caso foi amplamente citado por Trump e seus apoiadores durante a campanha eleitoral.
- Congresso dos EUA confirma vitória de Trump
Kamala Harris certifica vitória de Donald Trump em sessão solene no Congresso dos EUA WASHINGTON - O Congresso dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira, 6, a vitória do Donald Trump na eleição à Casa Branca. A sessão conjunta de Câmara e Senado chancelou sem incidentes a conquista de 312 dos 538 votos do Colégio Eleitoral pelo republicano em novembro do ano passado. A vice-presidente Kamala Harris, que foi adversária de Trump na disputa, acumula o cargo de chefe do Senado e, por isso, comandou a cerimônia contagem e certificação das cédulas eleitorais. Ela anunciou os delegados obtidos por ela e pelo republicano na corrida eleitoral. "Kamala D. Harris, do estado da Califórnia, recebeu 226 votos", disse a atual vice, sob aplausos, em discurso protocolar e na terceira pessoa. Antes da sessão, Kamala publicou vídeo em suas redes sociais dizendo que seu papel na cerimônia representava uma "obrigação sagrada". "[Obrigação] que eu defenderei guiada pelo amor ao país, lealdade à nossa Constituição e minha fé inabalável no povo americano", disse. Sob uma forte nevasca que praticamente paralisou Washington e deixou as ruas desertas, a sessão desta segunda ocorreu sem incidentes e sem protestos no entorno do Capitólio, num cenário bem diferente de quatro anos atrás, quando o republicano instigou seus simpatizantes a ir ao Congresso. A tentativa deles de impedir esse mesmo processo de certificação resultou em tumultos com cinco mortes e dezenas de feridos.Trump até hoje não reconhece sua derrota diante de Joe Biden em 2020. O deputado democrata Jamie Raskin, que foi membro do comitê que investigou o 6 de Janeiro, afirma que a sessão desta segunda foi "como deveria ser". "Estou orgulhoso de que os democratas se levantaram em nome da Constituição em vez de espalhar mentiras e violência", afirmou. Segundo o parlamentar, o papel dos congressistas é apenas receber os votos e contá-los. Já a republicana Marjorie Taylor Greene disse que a certificação deste ano transcorreu de modo tranquilo porque não houve fraude eleitoral —o que ela insiste ter ocorrido em 2020, sem provas. Em tempo: O presidente eleito não participa e não comparece ao evento. Esse rito formaliza o caminho para a posse do republicano, no próximo dia 20. Em sua rede social, Trump fez provocações. Disse que certificação de sua vitória é "um grande momento na história" e acusou Biden de fazer "tudo para tornar a transição o mais difícil possível". Citou ainda o que seria uma frase de Elon Musk, o bilionário que será membro do alto escalão do governo, segundo a qual "a civilização estaria perdida" se Trump não tivesse vencido a eleição. Biden e Kamala já haviam aceitado o resultado eleitoral e incentivado os correligionários a fazerem o mesmo. Por isso, a expectativa era mesmo de uma cerimônia tranquila. Ainda assim, Washington reforçou a segurança e aprimorou a infraestrutura do Capitólio para este 6 de janeiro. Pela primeira vez, a certificação foi classificada de um Evento Nacional de Segurança Especial. Isso permitiu ao Serviço Secreto dos EUA coordenar os esforços pela proteção do Congresso e a aplicação de recursos locais e federais. Essa classificação é concedida a cerimônias de grande porte, como a posse presidencial em si e as convenções dos partidos Democrata e Republicano. A medida atendeu a um pedido da prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, e de integrantes do comitê de parlamentares que investigaram o 6 de Janeiro. Após os distúrbios de 2021, cerca de 1.500 pessoas foram acusadas por crimes ligados à tentativa de reverter o resultado eleitoral. ** Com AF **
- Nevasca coloca dezenas de Estados e milhões de pessoas sob alerta nos EUA
Nevasca coloca 30 Estados sob alertas climáticos WASHINSTON - Mais de 60 milhões de pessoas nos Estados Unidos estão sob alertas climáticos de inverno devido a uma tempestade que deve trazer a maior queda de neve e as temperaturas mais baixas da última década. Trinta Estados americanos, do Kansas à Costa Leste, enfrentam condições perigosas provocadas pela nevasca. Espera-se queda de neve entre 15-30 cm, de Ohio a Washington DC, de acordo com o Serviço Nacional Meteorológico (NWS, na sigla em inglês). Kentucky, Virgínia, Virgínia Ocidental, Kansas, Arkansas e Missouri declararam estado de emergência. Até mesmo partes da Flórida, normalmente amena, devem experimentar condições de congelamento por conta da tempestade Blair. Os meteorologistas dizem que o clima extremo está sendo causado pelo vórtice polar, uma área de ar frio que circula ao redor do Ártico. O meteorologista da AccuWeather, Dan DePodwin, disse que este mês pode ser o janeiro mais frio para os EUA desde 2011. Ele acrescentou que "temperaturas bem abaixo da média histórica" podem permanecer por uma semana. Temperaturas entre 7 e 14°C abaixo do normal são previstas. A nevasca provoca atrasos severos nas viagens. Quase 1.500 voos de entrada e saída dos EUA foram cancelados e quase 5.000 ficaram atrasados, de acordo com o FlightAware.com. As companhias aéreas American, Delta, Southwest e United suspenderam as taxas de alteração para passageiros devido às possíveis interrupções de voos. A Amtrak também cancelou vários serviços de trem por conta da nevasca. "Desastre em potencial" As condições nas estradas já pioraram, com acidentes envolvendo caminhões e carros, bem como um caminhão de bombeiros capotando perto de Salina, Kansas. "As condições de apagão tornarão as viagens extremamente perigosas, com estradas intransitáveis e um alto risco de motoristas ficarem presos", alertou o NWS. Enquanto isso, tempestades severas capazes de produzir tornados se moverão para o leste do Arkansas e Louisiana para o Mississippi e Alabama na noite de domingo, disse o NWS. O meteorologista particular Ryan Maue disse: "Vai ser uma bagunça, um desastre em potencial. Isso é algo que não víamos há um bom tempo."
- Imagens mostram operação do ICE em Massachusetts
Agentes prendem homem ainda de pijamas em sua casa em East Boston BOSTON - Imagens que circulam nas redes sociais chamam a atenção para uma caçada a imigrantes nas cidades de Massachusetts. Os registros são de uma reportagem do repórter Gabe Gutierrez, da NBC News, que acompanhou a ação rotineira do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) no início de dezembro. Em entrevista, o diretor de operações do ICE, Todd Lyons, disse que os agentes buscam pessoas de interesse da agência que foram liberados sob fiança. “Quando as jurisdições não cooperam, temos que entrar nas comunidades. Isso coloca os nossos agentes em risco”, avalia. "Não fazemos operações em grande escala. Cada indivíduo que está aqui hoje chamou nossa atenção porque foi preso por uma delegacia local após ser acusado de cometer um crime grave ou ser detido em flagrante", ressalta. Lyons enfatiza que essas operações - que levam até três dias e mobilizam pelo menos 16 agentes - são recorrentes ainda que haja poucos recursos. O diretor diz que a prioridade do ICE são imigrantes que representam perigo às seguranças nacional e pública. "Mas aqueles que já esgostaram todos os meios legais para estar no país também entram na nossa mira". A direção do ICE não comenta se haverá mudanças na política da agência para atender a promessa de deportação em massa feita pelo presidente eleito Donald Trump, mas garante estar pronta para honrar a sua missão. Duas autoridades familiarizadas com o ICE revelam que o órgão enfrenta um déficit orçamental de US$ 230 milhões, destaca a reportagem transmitida no dia 19 de dezembro.
- FBI diz que suspeito de Nova Orleans agiu sozinho e descarta ligação com explosão em hotel de Trump
FBI descartos relação entre incidentes NOVA ORLEANS - A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) disse nesta quinta-feira, 2, que a explosão em Las Vegas, em Nevada, que matou uma pessoa e feriu outras sete na quarta (1º), não tem ligação com o ataque terrorista em Nova Orleans, na Lousiana, ocorrido no mesmo dia e que, por sua vez, matou 15 e feriu 35. Em entrevista coletiva, o vice-diretor assistente do FBI Christopher Raia deu mais detalhes sobre o atentado em Nova Orleans, cometido por um cidadão nascido no Texas e ex-membro do Exército dos EUA. Raia disse que a polícia mudou a avaliação e agora acredita que o homem agiu sozinho. O diretor afirmou que o autor do atentado se inspirou no Estado Islâmico, grupo terrorista ativo no Oriente Médio, para acelerar uma caminhonete contra uma multidão na Bourbon Street, uma das ruas mais turísticas da cidade. Ainda segundo o FBI, o homem dirigiu de Houston, no Texas, até Nova Orleans na segunda (31). Na madrugada do dia 1º, ele publicou uma série de vídeos nas redes sociais dizendo apoiar o Estado Islâmico. Também comentou detalhes de seus planos e disse esperar que a imprensa focasse a "guerra entre fiéis e infiéis" após a ação terrorista. "Foi um ato de terrorismo premeditado e maligno", disse Raia. Entre as vítimas do atentado estão uma mulher que tinha um filho de quatro anos, um turista de Nova York, um estudante que visitava os pais e uma mulher de 18 anos que estudava para se tornar enfermeira. As autoridades também identificaram, nesta quinta, o homem morto na explosão de um Cybertruck, da Tesla, em frente ao Trump International Hotel, em Las Vegas. Ele era cidadão americano, tinha 37 anos e foi soldado da ativa do Exército. Morador do Colorado, estado vizinho, o homem morreu depois que fogos de artifício e botijões de gás explodiram no carro, ferindo outras sete pessoas. O veículo estava estacionado em frente ao estabelecimento que faz parte da cadeia de hotéis de luxo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. A polícia investigava se a explosão havia sido resultado de um ataque terrorista —como cogitou Elon Musk, dono da Tesla e agora integrante do alto escalão do novo governo— e se teve conexão com o atentado em Nova Orleans no mesmo dia. As semelhanças entre os casos chamam a atenção: os dois homens eram membros do Exército dos EUA, alugaram carros no mesmo aplicativo e, segundo uma emissora local, serviram na mesma base militar. ** Com AF **