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Elon Musk sai do governo decepcionado


Musk deve investir na recuperação da Tesla
Elon Musk já tinha sinalizado em abril que deixaria o governo em breve

WASHINGTON - Elon Musk anunciou nesta quarta-feira, 28, que seu trabalho à frente da equipe dedicada a cortes de custos no governo de Donald Trump chegou ao fim. O bilionário ajudou a liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) desde sua criação quando o republicano assumiu a Casa Branca.


Em abril, o empresário já tinha sinalizado que sairia do governo — e Trump confirmou que sabia disso.


Nesta quarta, Musk agradeceu a Trump pelo cargo em uma publicação em sua rede social, o X, e disse acreditar que a agência de corte de custos se tornaria um "estilo de vida em todo o governo".


"Com o fim do meu mandato como Funcionário Especial do Governo, gostaria de agradecer ao presidente @realDonaldTrump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários", escreveu Musk no X.


Ele acrescentou que a agência "apenas se fortalecerá com o tempo".


Embora não tenha sido uma surpresa, a saída de Musk ocorre após ele criticar um projeto de lei central para a agenda de Trump, o qual inclui isenções fiscais multitrilionárias e aumento nos gastos com defesa.


Musk disse em entrevista à CBS que estava "decepcionado" com o fato de o projeto aumentar o déficit federal, acrescentando que acreditava que isso "prejudicaria o trabalho" que estava sendo feito no DOGE.


A saída encerra — pelo menos por enquanto — uma entrada tumultuada na política, que o transformou em um dos conselheiros mais próximos de Trump e viu os lucros e vendas de sua empresa, a Tesla, despencarem.


A empresa de carros elétricos alertou investidores que a crise financeira poderia continuar, recusando-se a oferecer uma previsão de crescimento e afirmando que "mudanças no sentimento político" poderiam prejudicar significativamente a demanda pelos veículos.


Musk disse a investidores em abril que o tempo que ele vinha dedicando ao DOGE diminuiria significativamente e que ele "dedicaria muito mais do seu tempo à Tesla".


Após a declaração, o preço das ações da Tesla, que estava caindo, subiu.


Também em abril, ao ser questionado pela BBC, Trump confirmou que o governo estava se preparando para a saída de Musk.


"Temos que, em algum momento, deixá-lo ir", respondeu o republicano, acrescentando acreditar que a Tesla seria "resolvida".


Ele também reclamou que Musk estava sendo "tratado de forma muito injusta" por "parte do público".


"Ele é um grande patriota, e [isso] nunca deveria ter acontecido com ele", acrescentou Trump.


Em um fórum econômico em Doha na terça-feira (27), Musk respondeu afirmativamente quando questionado se estava comprometido a liderar a Tesla pelos próximos cinco anos.


Trabalho de Musk à frente do departamento

O esforço de Musk para cortar gastos governamentais focou na demissão em massa de funcionários federais e tentativas de fechar agências federais inteiras.


Estima-se que 260.000 funcionários federais tenham tido seus empregos cortados ou tenham aceitado acordos de rescisão.


Em vários casos, juízes federais se opuseram às demissões em massa e ordenaram a reintegração de funcionários.


A abordagem apressada para cortar a força de trabalho federal ocasionalmente levou à demissão equivocada de alguns funcionários, incluindo alguns do programa nuclear dos EUA.


Americanos irritados com a abordagem de Musk expressaram suas frustrações convocando boicotes à Tesla, realizando protestos em frente às suas concessionárias e vandalizando veículos e estações de recarga.


A reação negativa à Tesla tornou-se tão violenta e generalizada que a procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, alertou que seu gabinete trataria atos de vandalismo como "terrorismo doméstico".


** Com BBC **



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