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- Satélites mostram as 28 maiores cidades dos EUA que estão afundando
NOVA YORK - Pelo menos 28 cidades, entre elas as mais populosas dos Estados Unidos, estão afundando por conta dos terrenos cada vez mais instáveis, aponta uma pesquisa com base em imagens de satélite. Cerca de 34 milhões de pessoas são potencialmente afetadas, cerca de 12% da população do país. A lista inclui Austin, Boston, Charlotte, Chicago, Columbus, Dallas, Denver, Detroit, El Paso, Fort Worth, Houston, Indianápolis, Jacksonville, Las Vegas, Los Angeles, Memphis, Nashville, Nova York, Oklahoma City, Filadélfia, Phoenix, Portland, San Antonio, San Diego, São Francisco, San Jose, Seattle e a capital Washington. A pesquisa, publicada na Nature Cities, revelou que metrópoles, incluindo Nova York, Dallas-Fort Worth, Houston e Seattle, estão submergindo entre dois e 10 milímetros por ano. Do total, 25 cidades têm 65% de suas áreas ocupadas por moradores afundando. A cidade que mais afunda é Houston, no Texas, onde mais de 12% de sua área afunda mais de 10 milímetros por ano e algumas manchas localizadas afundam até 5 centímetros (2 polegadas). Grande parte da cidade de Nova York está afundando lentamente, com alguns pontos críticos, especialmente ao redor do Aeroporto La Guardia. A causa, segundo os pesquisadores, em 80% dos casos é a extração de água subterrânea, com cidades em rápido crescimento expandindo a extração de água doce de aquíferos mais rapidamente do que a capacidade de reposição. O artigo afirma que no Texas o problema é agravado pelo bombeamento de petróleo e gás. “À medida que as cidades continuam a crescer, veremos mais cidades se expandindo para regiões em subsidência. Com o tempo, essa subsidência pode gerar tensões na infraestrutura que ultrapassarão seu limite de segurança", destaca o texto. Os autores sugerem gerenciar a extração de águas subterrâneas com mais cuidado, usar edifícios e infraestrutura mais resilientes e monitorar mais. “Em vez de simplesmente dizer que é um problema, podemos responder, abordar, mitigar e nos adaptar.“Precisamos buscar soluções.” ** Com Forbes **
- Juíza federal permite uso pelo governo Trump de lei do século XVIII para deportação de imigrantes
WASHINGTON - Uma juíza federal dos Estados Unidos decidiu que o governo do presidente Donald Trump pode usar uma lei de guerra para deportar um suspeito membro de gangue venezuelano, a mais recente reviravolta na disputa legal sobre as deportações. A juíza Stephanie Haines, nomeada por Trump, concluiu na terça-feira que o caso "está em conformidade" com a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 (AEA, na sigla em inglês), mas disse que as autoridades devem "fornecer maior aviso prévio àqueles sujeitos à remoção". Em março, o presidente republicano invocou essa lei, usada pela última vez durante a Segunda Guerra Mundial, para enviar indivíduos que ele acusa de serem membros da gangue venezuelana Tren de Aragua para uma prisão de segurança máxima em El Salvador. No entanto, a Suprema Corte e vários tribunais inferiores citaram a falta do devido processo legal e suspenderam temporariamente as deportações sob a AEA. Os advogados de vários dos venezuelanos deportados alegaram que seus clientes não eram membros do Tren de Aragua, não haviam cometido nenhum crime e foram presos principalmente por suas tatuagens. Agora, em uma vitória jurídica para Trump, Haines decidiu que o governo dos EUA poderia de fato usar a lei para deportar supostos membros venezuelanos do Tren de Aragua que estavam ilegalmente nos EUA, "desde que o governo forneça aviso suficiente e o devido processo legal". De acordo com a decisão, as autoridades devem notificar os deportados com pelo menos 21 dias de antecedência. Haines descreveu os membros do Tren de Aragua como "determinados a desestabilizar os Estados Unidos" e "inundar" o país com drogas ilegais, buscando causar "perturbações significativas na segurança pública". A decisão, que se refere a um cidadão venezuelano identificado apenas pelas iniciais A.S.R., pode levar a novas deportações no condado de Haines, Pensilvânia, informou o The Washington Post. O Tren de Aragua foi designado como uma "organização terrorista estrangeira" pelo governo Trump, que pagou milhões de dólares a El Salvador para prender centenas de imigrantes deportados que ele alega serem criminosos e membros de gangues.
- Índice de aprovação de Trump sobe e medo da recessão diminui, revela pesquisa
Trump recupera confiança de eleitores sobre rumos da economia WASHINGTON - O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu esta semana, conforme os americanos se preocuparam menos com a forma como ele lida com a economia e com as perspectivas de uma recessão, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos encerrada na terça-feira, 13. O levantamento de dois dias indica que 44% dos entrevistados aprovaram o desempenho do líder republicano, acima dos 42% da última abordagem realizada entre 25 e 27 de abril. Trump começou seu mandato com um índice de aprovação de 47% e viu sua popularidade cair à medida que os eleitores se preocupavam com uma série de guerras comerciais que ele iniciou desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro. As medidas de Trump para elevar as tarifas a níveis históricos sobre os principais parceiros comerciais, principalmente a China, alimentaram as quedas do mercado de ações, com muitos economistas prevendo a iminência de uma recessão. Nas últimas semanas, Trump diminuiu a intensidade de suas ações comerciais e anunciou na manhã de segunda-feira que estava reduzindo as tarifas sobre a China. O índice de referência de ações S&P 500 está cerca de 17% acima de seu fechamento mais baixo no segundo governo de Trump, atingido logo depois que ele divulgou tarifas abrangentes. Entre o público, as preocupações com uma recessão também diminuíram, mas continuam altas. Cerca de 69% dos entrevistados disseram estar preocupados com uma recessão, abaixo dos 76% de uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada de 16 a 21 de abril. A parcela que disse estar preocupada com o mercado de ações caiu de 67% para 60%. Trump disse que a culpa pelos problemas econômicos do país deveria recair sobre Joe Biden, seu antecessor democrata. A inflação aumentou durante o governo Biden em meio ao caos econômico global da pandemia da Covid-19, mas apresentou tendência de queda no final do seu mandato. A inflação anual arrefeceu em abril, informou o Departamento do Trabalho nesta terça-feira, embora economistas continuem a alertar que as ações comerciais de Trump provavelmente aumentarão os preços neste ano. Sobre isso, 59% dos entrevistados culparam Trump sobre uma possível recessão este ano, em comparação com 37% que disseram que a culpa seria de Biden. A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada online em todo o país, entrevistou 1.163 pessoas e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais. ** Com Reuters **
- FBI prende juíza dos EUA acusada de impedir detenção de imigrante
Hannah Dugan foi surpreendida pela prisão nesta sexta-feira MILWAUKEE - Uma juíza do Tribunal de Circuito do Condado de Milwaukee, em Wisconsin, foi presa pelo FBI nesta sexta-feira, 25, acusada de obstruiu uma prisão de imigração na semana passada. Hannah Dugan foi levada sob custódia por volta das 8 horas, de acordo com Brady McCarron, porta-voz do Serviço de Marshals dos Estados Unidos. A magistrada foi liberada horas depois após comparecer à primeira audiência em um tribunal federal. O anúncio da prisão da juíza foi anunciado pelo próprio diretor do FBI, Kash Patel — indicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para o cargo. "O FBI prendeu a juíza Hannah Dugan, em Milwaukee, Wisconsin, sob a acusação de obstrução — após evidências de que a juíza Dugan obstruiu uma operação de prisão de imigrantes na semana passada", disse Patel nas redes sociais. Segundo o processo, os agentes do ICE tentaram prender no dia 18 de abril um cidadão mexicano que atendia uma audiência na sala de Dugan. A juíza os direcionou para o escritório do juiz-chefe e, em seguida, permitiu que o réu saísse de sua sala de tribunal por uma porta lateral, descendo um corredor privado e indo para uma área pública. Eduardo Flores Ruiz conseguiu sair da Corte, mas os agentes do ICE o perseguiram a pé e o prenderam. Segundo o processo criminal contra Ruiz, ele foi foi preso no dia 12 de março após se envolver em uma briga em Milwaukee. O mexicano teria agredido outra pessoa 30 vezes após ser solicitado a baixar o som. O incidente colocou Ruiz na mira do ICE que ele retornou ao país ilegalmente ao país após ser deportado em 2013. Críticas dos magistrados A prisão de Doug traz à tona o clima das Cortes em que juízes de alguns Estados estão expressando críticas ao trabalho do ICE. Eles levantam preocupações sobre as iniciativas do governo Trump para localizar e prender imigrantes nos tribunais. De acordo com esses magistrados, as ações têm levado os imigrantes a não comparecerem como vítimas ou testemunhas em audiências que não têm relação com a imigração, por medo de serem detidos. No primeiro governo Trump (2017-2021), uma juíza de Massachusetts também foi indiciada pelo Departamento de Justiça sob a acusação de obstruir as autoridades de imigração. As acusações foram retiradas depois que a magistrada concordou em se submeter a uma possível disciplina judicial. Esse caso também envolveu alegações de que uma juíza permitiu que um réu que estava sendo procurado por agentes do ICE saísse do prédio pela porta dos fundos para evitar a detenção. A Comissão de Conduta Judicial do Estado apresentou acusações disciplinares formais contra a juíza Shelley Joseph. Ela negou qualquer irregularidade. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- ICE prende adulto e deixa criança sozinha em rua de Massachusetts
ICE deixa menino de 12 anos sozinho na rua ao levar adulto detido em Waltham WALTHAM - Agentes do ICE deixaram um menino de 12 anos sozinho em uma rua de Waltham, em Massachusetts, após prender o adulto com quem ele estava na tarde de domingo. O caso veio à tona nesta terça-feira, 13, ao ser divulgado pela imprensa americana. Segundo a reportagem da CBS, o menor foi levado para casa por voluntários do grupo Neighborhood Watch. A vereadora Collen Bradley filmou partes da operação e questionou a qual força policial os agentes pertenciam. Eles se recusaram a responder e disseram para a vereadora não atrapalhar a ação. Collen continuou filmando e flagrou quando o menor foi deixado em uma calçada da Felton Street sozinho. "A situação embrulhou o meu estômago como mãe, como ser humano", desabafou. O ICE não divulgou a identidade do detido nem justificou a razão da prisão. A agência afirma que não comenta operações em andamento. Já a polícia de Waltham disse que não colabora como os agentes federais na prisão de imigrantes.
- Harvard amplia ação judicial após Trump cancelar mais US$450 milhões em subsídios
Estudantes da Harvard protestam contra medidas retaliatórias de Donald Trump CAMBRIDGE - A Universidade de Harvard ampliou sua ação judicial contestando os cortes do governo Trump de bilhões de dólares em financiamento federal para a instituição da Ivy League nesta terça-feira, 13, após autoridades anunciarem o cancelamento de mais US$ 450 milhões em subsídios. Harvard apresentou um adendo ao tribunal federal de Boston, horas após uma força-tarefa federal contra o antissemitismo anunciar que oito agências governamentais estavam cortando subsídios adicionais, além dos US$ 2,2 bilhões em financiamento já cancelados pelo governo do presidente Donald Trump. A força-tarefa, que inclui representantes de órgãos como os departamentos de Educação, Saúde e Serviços Humanos e Justiça dos Estados Unidos, tomou a decisão acusando a instituição de ensino sediada em Cambridge, Massachusetts, de não enfrentar a "discriminação racial generalizada e o assédio antissemita que assola seu campus". Em resposta, Harvard ampliou uma ação judicial que havia aberto em 22 de abril, após a suspensão dos US$ 2,2 bilhões iniciais para cobrir as últimas rescisões de bolsas de pesquisa provenientes de agências como os departamentos de Defesa e Energia dos EUA e a National Science Foundation. O processo também contesta agora uma decisão do governo anunciada em uma carta da Secretária de Educação, Linda McMahon, na semana passada, de congelar bilhões de dólares em futuras concessões de pesquisa e outros auxílios até que a faculdade mais antiga e mais rica do país ceda às exigências do governo. Harvard argumenta que as exigências do governo violam as garantias de liberdade de expressão da Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Ela afirma que o congelamento expressivo de verbas é excessivamente amplo e foi instituído sem seguir os procedimentos adequados. "O governo não identificou -- e não pode identificar -- qualquer conexão racional entre as preocupações com o antissemitismo e as pesquisas médicas, científicas, tecnológicas e outras que congelou ou encerrou", diz o processo. Harvard solicita à juíza distrital dos EUA, Allison Burroughs, que declare as ações do governo ilegais e bloqueie as rescisões de subsídios. O governo Trump decidiu cancelar o financiamento após anunciar, no final de março, que estava lançando uma revisão de cerca de US$ 9 bilhões em subsídios e contratos com Harvard. Trump também ameaçou retirar de Harvard seu status de isenção de impostos. Na ação, a Harvard disse que está comprometida com o combate ao antissemitismo e tomou medidas para garantir que seu campus seja seguro e acolhedor para estudantes judeus e israelenses. Ela disse que as ações da administração são uma ameaça à liberdade acadêmica. ** Com Reuters **
- Brasileiro que matou o pai é preso pelo ICE e aguarda deportação
Fernando vivia ilegalmente nos Estados Unidos desde 2023, informou o ICE (Foto: Divulgação) BOSTON - O ICE prendeu no início do mês o mineiro de Guaraciaba, Fernando Antônio Vieira Martins, de 34 anos, em Milford, Massachusetts, no primeiro dia de maio. Ele é foragido da Justiça desde que foi condenado pelo assassinato do próprio pai. Em 2011, segundo a Justiça, Fernando matou Marcelo Vieira Martins Filho com o objetivo de roubá-lo. O crime aconteceu em um sítio na zona rural da cidade onde a vítima morava. Horas antes do assassinato, os dois haviam brigado porque Marcelo recusar um convite para comer uma pizza. Durante a madrugada, ainda de acordo com a investigação, Fernando pegou uma faca de 13,5cm na cozinha e se dirigiu ao quarto do pai, onde esfaqueou o parente sete vezes, no tórax e pescoço. O brasileiro foi condenado a 24 anos de prisão em junho de 2022. O ICE afirma que Fernando entrou no país em março de 2023, próximo a Calexico, na Califórnia. Ele está detido até o fim do processo de deportação.
- FBI vai focar na imigração e reduzir investigação de crimes de colarinho branco
FBI deve dedicar um terço de seu tempo para ajudar o governo Trump a prender imigrantes ilegais WASHINGTON - O FBI (polícia federal americana) ordenou nesta segunda-feira, 12, que os agentes aumentem o tempo dedicado à fiscalização da imigração e reduzam as investigações de crimes de colarinho branco, disseram à Reuters quatro pessoas familiarizadas com o assunto. Em uma série de reuniões, agentes do FBI foram informados por seus escritórios de campo que precisariam começar a dedicar aproximadamente um terço de seu tempo para ajudar o governo Trump a prender imigrantes ilegais. Foi dito ainda que a busca por casos de colarinho branco -- como fraudes e corrupção -- perderá prioridade pelo menos até o final de 2025, disseram as fontes. Uma porta-voz do FBI não fez comentários imediatos sobre a nova diretriz. Historicamente, a fiscalização da imigração não tem sido, em grande parte, da competência das agências de segurança do Departamento de Justiça. Mas, à medida que o presidente Donald Trump intensificou a repressão à imigração, milhares de agentes federais de diversas agências foram recrutados nos últimos meses para assumir novas funções como agentes de imigração, desviando os recursos de combate ao crime antes concentrados em outras áreas. ** Com Reuters **
- Trump inicia viagem pelo Oriente Médio focada em acordos econômicos
Trump é recebido pelo príncipe saudita Mohammed Bin Salman no aeroporto Internacional King Khalid (Foto: Reuters) WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou à Arábia Saudita nesta terça-feira, 13, no início de uma visita de quatro dias à rica região do Golfo, concentrando-se mais em acordos econômicos do que em questões de segurança regional, que vão desde a guerra em Gaza até as negociações sobre o programa nuclear do Irã. Com um grupo de poderosos líderes empresariais norte-americanos a reboque, Trump está visitando Riad, local de um Fórum de Investimento Arábia Saudita-EUA, antes de ir ao Catar na quarta-feira e aos Emirados Árabes Unidos na quinta-feira. Ele não programou uma parada em Israel, uma decisão que levantou questões sobre a posição do aliado próximo nas prioridades de Washington. "Embora a energia continue sendo a base de nosso relacionamento, os investimentos e as oportunidades de negócios no reino se expandiram e se multiplicaram muitas e muitas vezes", disse o ministro saudita de Investimentos, Khalid al-Falih, na abertura do fórum. "Como resultado (...) quando sauditas e norte-americanos unem forças, coisas muito boas acontecem e, na maioria das vezes, grandes coisas acontecem quando essas joint ventures acontecem", declarou ele antes da chegada de Trump. Trump espera garantir trilhões de dólares de investimentos dos produtores de petróleo do Golfo. A Arábia Saudita havia prometido US$600 bilhões, mas Trump disse que quer US$1 trilhão do reino, um dos mais importantes aliados de Washington. O Fórum de Investimento Arábia Saudita-EUA começou com um vídeo que mostrava águias e falcões em ascensão e celebrava a longa história entre os Estados Unidos e o reino. Na frente de um salão palaciano estavam Larry Fink, presidente-executivo da Blackrock, Stephen A. Schwartzman, presidente-executivo da Blackstone, o secretário do Tesouro Scott Bessent, o ministro das Finanças saudita Mohammed Al Jadaan e Falih. Falando em um painel do fórum quando Trump aterrissou em Riad, Fink disse que havia viajado para a Arábia Saudita mais de 65 vezes em 20 anos. Embora o reino fosse influente quando ele começou a visitá-lo, agora estava "assumindo o controle" e ampliando sua economia para além de sua base petrolífera, afirmou ele. Após o pouso, Trump deu um soco no ar quando viu o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, também conhecido como MbS, antes de apertar a mão do líder de facto. MbS concentrou-se em diversificar a economia do reino em um grande programa de reformas chamado Vision 2030, que inclui "Giga-projetos" como o NEOM, uma cidade futurista do tamanho da Bélgica. O reino teve que reduzir algumas de suas ambições grandiosas devido ao aumento dos custos e à queda dos preços do petróleo. Junto com Trump em um almoço com MbS estão importantes empresários dos EUA, incluindo o bilionário Elon Musk, chefe da Tesla e da SpaceX, e o presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman. A Arábia Saudita e os EUA mantêm fortes laços há décadas, com base em um acordo rígido em que o reino fornece petróleo e a superpotência fornece segurança. ** Com Reuters **
- Primeiro grupo de refugiados sul-africanos brancos chega aos EUA
Sul-africanos foram recebidos por representantes do governo americano na Virgínia RICHMOND - Um grupo de 49 sul-africanos brancos, a maioria famílias de agricultores, desembarcou no aeroporto internacional da Virgínia, procedente de Joanesburgo, nesta segunda-feira, 12, depois que o presidente Donald Trump lhes concedeu o status de refugiados como vítimas do que chama de genocídio. A chegada dos estrangeiros vai na contramão da política dura anti-imigração de Trump que prometeu não apenas a expulsão em massa de imigrantes em situação irregular, mas também restringiu quase que totalmente a chegada de solicitantes de asilo. A exceção feita para os africâneres — descendentes de colonos europeus, principalmente holandeses e alemães — que foram recebidos pelo número dois do Departamento de Estado, Christopher Landau, e por seu colega do Departamento de Segurança Doméstica (DHS, na sigla em inglês), Troy Edgar. Trump disse que eles fogem do que chamou de "situação terrível" na África do Sul, país onde nasceu seu assessor Elon Musk, o homem mais rico do mundo. O presidente americano considera que eles estão sendo assassinados e usou a palavra "genocídio". "Estendemos a cidadania a essas pessoas para que fujam dessa violência e venham para cá. São brancos, mas, para mim, não faz diferença se são brancos ou negros", afirmou Trump. Negação O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, negou a acusação de que os africâneres são perseguidos e disse ter ressaltado isso a Trump por telefone. "Um refugiado é alguém que tem que deixar o seu país por medo de perseguição política, religiosa ou econômica", disse Ramaphosa. "Eles não se encaixam nessa categoria." "Somos o único país do continente onde os colonizadores vieram para ficar e nunca os expulsamos", ressaltou o presidente, durante um fórum em Abidjan, na Costa do Marfim. O chanceler sul-africano, Ronald Lamola, também negou que os africâneres sejam vítima de perseguição ou assassinatos. A embaixada dos Estados Unidos em Pretória divulgou hoje seus critérios para o processo de solicitação de asilo: eles devem "ser capazes de mostrar uma experiência passada de perseguição ou medo de uma perseguição futura". O grupo de identidade africâner AfriForum registrou 49 assassinatos de agricultores em 2023 e 50 no ano anterior. O país registra uma média de 75 assassinatos por dia, dos quais a maioria das vítimas são jovens negros que vivem em áreas urbanas, segundo dados oficiais. Para o autor africâner Max du Preez, atribuir aos brancos o status de vítimas na África do Sul vai "além do absurdo". "As pessoas que fugiram agora provavelmente foram motivadas por questões financeiras ou por falta de vontade de viver em uma sociedade pós-apartheid onde os brancos já não têm o controle." Os sul-africanos brancos, que representam 7,3% da população, desfrutam de um padrão de vida superior ao da maioria negra do país. Os governos liderados por africâneres impuseram um sistema de segregação racial que negou à maioria negra direitos políticos e econômicos de 1948 até a sua queda, em 1994. A cooperação entre os Estados Unidos e a África do Sul passa por um momento de turbulência devido a vários temas, como a relação com a China e o pertencimento ao bloco Brics, além de os sul-africanos terem acusado Israel de praticar "atos genocidas" durante sua ofensiva militar na Faixa de Gaza, o que o governo israelense nega. ** Com AFP **
- Estudante turca é liberada após seis semanas detida pelo ICE
Estudante turca ficou seis semanas presa, a maior parte do tempo fora de Massachusetts (Foto: Reprodução TV) BOSTON - A estudante turca Rumeysa Ozturk retornou à Massachusetts no sábado, 10, após seis semanas sob custódia federal em um centro de detenção na Louisiana. O caso gerou indignação com a repressão imigratória do presidente Donald Trump. Aluna da Universidade Tufts, Ozturk tem visto de estudante para morar no país. O voo que a transportava de volta pousou em Boston um dia depois de um juiz federal em Vermont ter ordenado que ela fosse imediatamente libertada de um centro de detenção localizado a cerca de 2.500 quilômetros de seu estado. Falando em uma sala do aeroporto, ela sorriu e parecia feliz, mas também demonstrou estar emocionada em alguns momentos. Ozturk agradeceu aos apoiadores pela e expressou amor pelos EUA, apesar de ainda correr risco de deportação. "Os EUA são a maior democracia do mundo", afirmou: "Tenho fé no sistema de justiça americano". Ozturk é aluna de doutorado e estava entre os mais de mil estudantes internacionais que tiveram vistos cancelados no país e enfrentam risco de deportação. As medidas ocorreram em um momento em que o governo Trump intensificou seu ataque ao ensino superior, afirmando que o objetivo era erradicar o antissemitismo. A aluna havia escrito um artigo de opinião no jornal estudantil criticando a resposta da universidade às demandas pró-Palestina. Seus apoiadores negaram que ela fosse antissemita e disseram que ela foi detida em retaliação por seu discurso, o que violava a Primeira Emenda, que garante o direito à liberdade de expressão. No sábado, amigos e ex-professores da aluna oscilavam entre a alegria pela sua libertação e a dor pela detenção. Amiga da estudante há uma década, Gulay Kaplan dirigiu por 11 horas para vê-la no aeroporto e estava animada e emocionada. Quando finalmente a viu, disse que tudo o que conseguia fazer era chorar. Ela diz ter ficado chocada com o que Ozturk teve que suportar, descrevendo a amiga como gentil e bondosa, acrescentando: "Ela não tem coragem de odiar ninguém". Kaplan disse que isso a deixou assustada, e o mesmo aconteceu com outras amigas imigrantes das estudantes. Se isso aconteceu com Ozturk, afirma, "poderia acontecer com qualquer um de nós, por dizer qualquer coisa". Na sexta-feira (9), o juiz William Sessions, do Tribunal Distrital dos EUA em Vermont, disse que a detenção de Ozturk poderia potencialmente prejudicar "a liberdade de expressão de milhões e milhões de indivíduos no país que não são cidadãos". Sessions, nomeado pelo ex-presidente Bill Clinton, também disse que o governo, que acusou Ozturk de se envolver "em atividades de apoio ao Hamas", não apresentou nenhuma evidência além do ensaio de opinião pró-Palestina da qual Ozturk tenha sido coautora. Uma mensagem enviada ao Departamento de Segurança Interna não foi respondida imediatamente. Em resposta a um desdobramento anterior do caso de Ozturk na semana passada, um porta-voz afirmou que "um visto é um privilégio, não um direito" e que o departamento "continuaria a lutar pela prisão, detenção e remoção de estrangeiros que não têm o direito de estar no país". A prisão de Ozturk em março foi registrada por câmeras de segurança e gerou condenação de estudantes, líderes universitários e ativistas pró-direitos de imigrantes em todo o país. Ela caminhava por uma calçada em Somerville, quando foi cercada por agentes de imigração armados e levada às pressas para uma van. Ela foi levada para New Hampshire, depois para Vermont e, em seguida, de avião para um centro de detenção federal na Louisiana. Durante sua detenção, Ozturk diz que sofreu crises de asma cada vez mais graves, a primeira delas ainda no avião para Louisiana. Quando procurou tratamento, segundo ela, a equipe médica do centro de detenção respondeu com desdém. Ela afirma ter sido confinada com outras 23 mulheres em um espaço destinado a 14 pessoas. No sábado, a estudante agradeceu aos amigos que a ajudaram a superar a detenção. Alguns leram livros para ela por telefone e enviaram muitas cartas de apoio. Ela também expressou preocupação com os imigrantes que ainda estão detidos na unidade. "Por favor, não se esqueçam de todas as mulheres maravilhosas que estão lá", disse. Embora Ozturk tenha sido libertada, um advogado do governo afirmou na sexta-feira que o processo de deportação contra ela continuaria no tribunal de imigração. Mas acredita-se que sua perspectiva de longo prazo seja mais favorável agora do que antes da libertação pelo tribunal federal, segundo especialistas. Independentemente do que venha a seguir, e apesar da experiência das últimas seis semanas, Ozturk parecia esperançosa. "Ainda acredito nos valores que compartilhamos", afirmou. ** Com informações do NYT **
- Surto de sarampo nos EUA supera mil casos confirmados
Sarampo já matou três crianças nos Estados Unidos esse ano, segundo levantamento da AFP WASHINGTON - O surto de sarampo nos Estados Unidos ultrapassou mil casos confirmados, com três mortes até sexta-feira, 9, segundo uma contagem feita pela AFP a partir de dados públicos. Os casos tiveram início em janeiro em uma zona rural do Texas onde vive uma comunidade religiosa menonita, uma população ultraconservadora e com uma taxa baixa de vacinação. A AFP contabiliza pelo menos 1.005 casos de sarampo desde o começo do ano, 70% deles no Texas. Três pessoas morreram, duas delas crianças pequenas, no sudoeste do país, epicentro do surto. A última morte infantil por essa doença nos EUA remontava a 2003, três anos depois de declarada a erradicação do sarampo graças à vacinação. O quadro atual lembra o de 2019 registrado nas comunidades judaicas ortodoxas de Nova York e Nova Jersey. Foram mais de 1.200 casos, mas sem mortes. A vacina contra o sarampo é obrigatória nos EUA, mas os cidadãos de vários estados, como o Texas, o segundo mais populoso, podem solicitar uma isenção por motivos religiosos ou de outro tipo. O uso dessas isenções não parou de aumentar nos últimos anos, sobretudo desde a pandemia de Covid-19 devido à crescente desconfiança nas autoridades de saúde e nas companhias farmacêuticas. FORA DE CONTROLE "A situação está fora de controle", disse à AFP o especialista americano em doenças infecciosas pediátricas Paul Offit, que considera este o pior surto de sarampo no país em 30 anos. O sarampo causa febre, problemas respiratórios e erupções cutâneas, e em alguns casos complicações mais graves, como pneumonia e inflamação do cérebro, que podem provocar sequelas graves e a morte. "É a doença infecciosa mais contagiosa do mundo e está se espalhando rapidamente", adverte Offit, que teme que sua magnitude seja subestimada. De acordo com vários trabalhadores da área da saúde, o número de casos nos Estados Unidos poderia na realidade se aproximar dos 3.000, ou até mais. Muitas pessoas infectadas não vão ao médico "por medo de que as obriguem a se vacinar ou porque acham que não se sentem mal o suficiente", explicou à AFP a pediatra Tammy Camp, no Texas. Uma situação agravada pela recente demissão de milhares de funcionários do Departamento de Saúde e pelos cortes financeiros drásticos que complicam os esforços de diagnóstico, indica Offit. CRÍTICAS A KENNEDY O secretário de saúde dos EUA, Robert Kennedy Jr., foi acusado de pôr lenha na fogueira ao difundir informações falsas, como quando afirmou na Fox News em março que a vacina era "a causa de todas as doenças que o próprio sarampo provoca: encefalite, cegueira". Em outro governo "teriam pedido para que deixasse o cargo antes que mais crianças morressem", queixa-se Offit. Os comentários do secretário, que variam entre minimizar a gravidade da situação, questionar os benefícios da vacinação e promover remédios alternativos como a vitamina A, causam confusão entre a população, segundo a pediatra Tammy Camp. Algumas das crianças que ela atende apresentam sintomas relacionados à ingestão excessiva de vitamina A, um suplemento que reduz o risco de complicações em pessoas que sofrem desnutrição, mas que pode ser perigoso se tomado em excesso, explica. "Cada vez vemos mais casos de enfermidades que podem ser prevenidas com vacinas", diz a médica, que cita o recente ressurgimento de casos de coqueluche, outra doença infecciosa. Antes do desenvolvimento de uma vacina no início da década de 1960, o sarampo matava centenas de crianças todos os anos nos Estados Unidos. Atualmente, ainda tira dezenas de milhares de vidas no mundo todo. ** Com AFP **