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  • Brasileiro aguarda deportação após cumprir pena por violência sexual

    Ferreira estava preso desde 2021 em Connecticut BROOKLYN - Após passar quatro anos preso por agressão sexual em um presídio de Brooklyn, em Connecticut, o brasileiro Emerson Eduardo Ferreira, 52, está sob a custódia do ICE e aguarda a deportação, informou a agência federal na terça-feira, 11. Ferreira foi condenado em 9 de agosto de 2023 a 18 anos de prisão. Além de violência sexual, o brasileiro foi considerado culpado por manter uma pessoa em cárcere privado e duas violações de medida protetiva. A Justiça reverteu a pena de Ferreira, que estava encarceirado desde 2021, para dez anos de liberdade condicional e Ferreira foi transferido para a custódia do ICE no dia 24 de janeiro. A agência tinha um mandado de prisão contra o brasileiro desde abril de 2024, durante a administração de Joe Biden. Ferreira entrou nos Estados Unidos em 27 de abril de 1999 e "violou os termos de admissão legal", destaca o ICE.

  • Congresso da Flórida inicia debate sobre lei anti-imigrante

    TALLAHASSEE - O Congresso da Flórida discute a partir desta terça-feira, 11, um projeto de lei anti-imigrante após um acordo entre parlamentares republicanos e o governador Ron DeSantis. A proposta prevê que um estrangeiro preso por qualquer motivo seja mantido detido sem direito a fiança até ser transferido para o ICE, uma prioridade do líder do Estado. DeSantis se recusou a sancionar o Trump Act aprovado pelos legisladores em janeiro porque, segundo ele, não cumpria a função de freiar a imigração ilegal. “Agora temos um projeto de lei agressivo e podemos apoiá-lo totalmente,” afirma o governador. Leia mais: DeSantis promete vetar lei por não ser anti-imigratória o suficiente Mas os presidentes da Câmara dos Deputados, Daniel Perez (R-Miami), e do Senado, Ben Albritton (R-Wauchula), falam sobre "pequenas mudanças" no texto aprovado há duas semanas. Uma delas é eliminar o posto de oficial máximo de imigração designado ao comissário da Agricultura, Wilton Simpson. Em contrapartida, ele deve gerenciar US$ 46 milhões para a contratação de 84 policiais “para aprimorar as atividades de abordagem”. Isso inclui a construção de uma nova “estação de fiscalização” ao longo da Interestadual 10, na região de Panhandle. Por outro lado, os pares de DeSantis o convenceram a desistir da ideia de gastar US$ 350 milhões para 'deportar' imigrantes para outros países. O novo texto também anula o poder do governador de transportar estrangeiros de um Estado para o outro, como ele fez ao enviar um avião do Texas para Massachusetts em 2022, utilizando recursos públicos. De acordo com o novo projeto de lei, o programa estadual seria substituído por um novo “onde o transporte de estrangeiros ilegais é feito apenas sob orientação do governo federal sem custo para o contribuinte", garantem os chefes do legislativo. Em contrapartida, o novo conselho estadual supervisionará US$ 250 milhões em subsídios direcionados ao treinamento da polícia local para colaborar com o ICE. Os imigrantes que forem presos por algum motivo teriam a fiança automaticamente negada e seriam mantidas em cárcere até o momento de serem transferidos para a custódia dos agentes federais, uma medida que o governador não abre mão. A proposta também pretende criminalizar a nível estadual os imigrantes que entram e reentram ilegalmente na Flórida.

  • Trump assina ordem executiva com tarifas de 25% sobre aço e alumínio que entram nos EUA

    Mundo estava de olho na Casa Branca à espera da assinatura da ordem executiva WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no início da noite de segunda-feira, 10, uma ordem executiva que impõe tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelo país a partir de 4 de março. O republicano repete o feito do primeiro mandato quando emitiu duas proclamações impondo tarifas ao aço e ao alumínio que entram nos EUA e retirando as isenções que alguns países ainda tinham. Dessa vez, entretanto, nenhum país será excluído ou isento, como aconteceu em 2018, quando alguns países, incluindo o Brasil, conseguiram negociar. Líderes ainda devem tentar negociar. A justificativa agora foi proteção à indústria e redução do déficit do país. Na assinatura, o presidente Donald Trump disse que é um grande negócio a afirmou que a estratégia vai trazer indústrias e empregos de volta, tornando os EUA ricos novamente. Mas especialistas alertam para os impactos na economia mundial. Os EUA importam cerca de 25% de todo o aço que usam; 16% vêm do Brasil, que em 2024 foi o segundo maior fornecedor de aço para os americanos - atrás só do Canadá. O país americano também importam metade de todo o alumínio que usa. Em 2024, o produto brasileiro ficou em 15º lugar no ranking das importações. A decisão de Trump pode afetar a promessa de campanha de reduzir os custos aos americanos no primeiro dia de governo. Em 2018, usando a mesma justificativa de segurança nacional, Trump impôs tarifas de 25% ao aço e 10% ao alumínio importados que encareceram produtos do dia a dia dos americanos, como carros, eletrodomésticos, até cerveja, por causa das latas de alumínio. O aço é usado principalmente na indústria, na construção e nos transportes. O alumínio, além da construção e transporte, é usado em embalagens e bens de consumo. Economistas já alertaram que as tarifas podem aumentar a inflação, causar interrupções nas cadeias de suprimentos e prejudicar a economia global. ** Com Agências **

  • Governo e Justiça travam disputa sobre funcionários nos EUA

    Demissão de funcionários federais são suspensas por ordem de juiz federal BOSTON - A tensão entre a Casa Branca e a Justiça americana aumentou nesta segunda-feira, 11, em meio à disputa sobre a legalidade dos cortes de gastos federais propostos pelo governo após um juiz em Boston, Massachusetts, decidir que o governo deve prorrogar o prazo de sua oferta polêmica de demissão para os funcionários. Desde que assumiu o cargo, no mês passado, o presidente Donald Trump emitiu uma série de decretos para reduzir os gastos federais. Colocou no comando o diretor-executivo da SpaceX e da Tesla, Elon Musk, que faz uma campanha de cortes considerados inconstitucionais por seus críticos. Vários processos judiciais buscam deter o que os opositores consideram uma tomada de poder ilegal. A equipe de Musk congelou programas de ajuda e promoveu cortes de funcionários por meio de propostas e ameaças de demissão. Democratas, sindicatos e ativistas recorreram aos tribunais. A disputa se intensificou no último sábado, quando um juiz bloqueou a tentativa de Musk de acessar os dados pessoais e financeiros de milhões de americanos armazenados no Departamento do Tesouro. Em outra frente, um juiz federal de Rhode Island declarou hoje que o governo Trump violou uma ordem que levanta um congelamento geral de fundos federais: "O congelamento amplo, categórico e generalizado dos fundos federais é, provavelmente, inconstitucional, e causou e continua causando um dano irreparável a uma grande parte deste país." Esta é a primeira vez desde que Trump assumiu o cargo que um juiz federal acusa o seu governo de desafiar uma ordem da Justiça. 'Sem precedentes' Em Boston, o juiz federal George O'Toole decidiu nesta segunda-feira que o governo deve prorrogar o prazo de sua oferta de demissão para os funcionários, definida por especialistas jurídicos como vaga e potencialmente ilegal. O plano foi anunciado em 28 de janeiro e propõe aos trabalhadores oito meses de salário em troca de um pedido de demissão, ou eles se arriscariam a ser demitidos no futuro. Os sindicatos haviam pedido uma medida cautelar para suspender a proposta até que os tribunais se pronunciassem. "Essa é uma ação sem precedentes, realizada em um prazo sem precedentes, que causa um dano irreparável", disse a advogada Elena Goldstein ao juiz federal, segundo o canal WHDH-TV. A imprensa americana informou que pelo menos 65 mil funcionários aceitaram a proposta do governo. "Se as pessoas não aparecerem para trabalhar, temos o direito de demiti-las", disse Trump hoje na Casa Branca. Ele acredita que os funcionários que foram autorizados a trabalhar remotamente desde a pandemia não obedecerão à sua ordem de voltar para o escritório. Apesar dos desafios legais, o governo Trump continuou hoje com sua campanha de cortes, fechando o Escritório de Proteção Financeira do Consumidor, alvo de críticas dos republicanos. Centenas de manifestantes se mobilizaram em frente a essa agência depois que o seu diretor interino, Russell Vought, informou aos funcionários que o escritório de Washington fecharia nesta semana e ordenou que os funcionários ficassem em casa. A equipe de Trump também demitiu David Huitema, diretor do Escritório de Ética Governamental. ** Com AFP **

  • "Ainda Estou Aqui" arrecada mais de US$ 1 milhão em fim de semana nos EUA

    "Ainda Estou Aqui" conquista público nos Estados Unidos NOVA YORK - "Ainda Estou Aqui", filme brasileiro dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, arrecadou mais de US$ 1 milhão na bilheteria desse fim de semana nos Estados Unidos. A procura pelo público levou longa a ser exibido em mais de 700 salas de cinema e foi o segundo mais visto entre os indicados ao Oscar. De sexta-feira a domingo, o longa arrecadou US$ 1,06 milhão, se transformando na 12ª maior arrecadação nos últimos dias no país. Além disso, entre os indicados ao Oscar, "Ainda Estou Aqui" ficou atrás apenas de "Um Completo Desconhecido", a cinebiografia de Bob Dylan, que esteve em 11º colocado nas bilheterias americanas e arrecadou US$ 1,2 milhão no fim de semana. Até então, o longa brasileiro era assistido em 93 salas. Ao conquistar 704 salas o faturamento saltou e chega ao total de cerca de US$ 2,3 milhões. "Ainda Estou Aqui" segue em uma campanha intensa de premiações, alcançando feitos históricos. No último sábado, 8, o filme recebeu o prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano no Goya, principal premiação do cinema espanhol. O longa também concorre a três estatuetas do Oscar: Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e Melhor Atriz, pela interpretação de Fernanda Torres —que levou prêmio de melhor atriz de drama no Globo de Ouro.está "O Brutalista", um dos maiores indicados neste ano, que conquistou US$ 914 mil.

  • Corrida por ovos nos EUA eleva a dúzia a US$ 10

    Mercados limitam a venda de ovos por cliente para tentar conter a crise NOVA YORK - A escassez de ovos nas prateleiras dos mercados dos Estados Unidos está levando os mercados a limitar a venda do produto e superinflaciona a dúzia que chega a ser vendida US$ 10 em muitas cidades. A crise se arrasta desde 2022 quando começou o surto da gripe aviária e a caixa com 12 ovos passou custar cerca US$ 2. Em dezembro do ano passado o preço dobrou para US$ 4,15. Embora alguns estados tenham controlado o surto do ano passado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA na sigla em inglês) precisou sacrificar cerca de 17,2 milhões de galinhas poedeiras apenas entre novembro e dezembro, quase metade de todas as aves mortas pelo vírus no ano passado. Com menos ovos no mercado, muitas pessoas compram o máximo que podem quando os encontram nas gôndolas. A voracidade pelo produto vem aumentando ainda mais os preços, reavivando a "crise do papel higiênico" da pandemia, quando os consumidores estocaram o produto, comparou a professora de marketing na Universidade Emory, Saloni Vastani, especialista em preços, em entrevista ao USA Today. "Os preços estão subindo por causa da gripe aviária, mas isso está levando as pessoas a comprar mais ovos do que o normal porque elas preveem preços mais altos e menor oferta nos supermercados", observa. Alguns pontos de venda já limitam a compra de ovos. "Continuamos a limitar o número de compras de ovos (...) e estamos trabalhando com nossos fornecedores para atender à demanda", disse o Sam's Club em comunicado. A USDA divulgou relatório sobre os preços da dúzia de ovos em 31 de janeiro. Enquanto em Nova York a caixa custava em média US$ 7,25, na Califórnia o preço girava em torno de US$ 8,72. O órgão acredita que a produção de ovos caia ainda mais em 2025, "refletindo um rebanho menor resultado de perdas para a gripe aviária". Os preços podem aumentar 20,3% ao longo do ano, contra 2,2% na média geral dos alimentos. No "melhor cenário", as reposições podem levar "mais de nove meses para voltar ao normal". A estimativa é de Matt Sutton-Vermeulen, diretor de práticas agrícolas e alimentares da Kearney, uma empresa global de consultoria em estratégia e gestão.

  • Trump tem aprovação de 53% da população dos EUA, diz pesquisa

    Donald Trump durante o juramento na cerimônia de posse em 20 de janeiro (Foto: Arquivo) WASHINGTON - A primeira pesquisa após a posse do presidente Donald Trump em 20 de janeiro revela que o republicano tem a aprovação de 53% da população americana, 47% discordam de como os Estados Unidos estão sendo conduzidos. O levantamento feito TV CBS News em parceria com a YouGov divulgou neste domingo, 9, apenas os percentuais absolutos, sem contar os entrevistados que não sabem ou não responderam aos questionamentos. A pesquisa da CBS também aponta que 59% dos entrevistados aprovam a sua política de deportação de imigrantes, rejeitada por 41%. Em relação à condução no conflito entre Israel e o Hamas, 54% concordam com o presidente (contra 46% de desaprovação), mas apenas 13% acham uma boa ideia a anexação da Faixa de Gaza enquanto 47% reprovam e outros 40% não sabem ou responderam que depende. A política de guerra tarifária contra outros países divide opiniões. Apesar de 56% aprovarem a taxação de produtos chineses, apenas 44% apostam na mesma política em relação a produtos do México, 40% aos da Europa e 38% aos do Canadá. Já a campanha de combate à inflação não está agradando os americanos. Enquanto 66% não acha que o republicano está fazendo o suficiente para reduzir os preços, 31% dizem que ele está na direção certa e 3% avaliam que o governo está muito focado na questão. A pesquisa ouviu 2.175 adultos entre 5 e 7 de fevereiro. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

  • Diplomata brasileiro vai acompanhar voo de deportados dos EUA

    Governo brasileiro não pode impedir o uso de algemas em deportados WASHINGTON - Um diplomata brasileiro vai acompanhar o segundo voo de deportados dos Estados Unidos sob a administração Trump que chega no Brasil amanhã por Fortaleza, informou o Itamaraty nesta quinta-feira, 6. O avião vai sair de Alexandria, na Louisiana, durante a madrugada, e ainda não se sabe o número de passageiros nem se todos são nacionais. No dia 24 de janeiro, o voo com 158 pessoas a bordo – 88 delas brasileiras – aterrissou em Manaus, no Amazonas, de onde devia seguir para Belo Horizonte. A viagem foi interrompida após os brasileiros pedirem socorro e relataram maus-tratos e ameaças dos agentes de imigração dos EUA. Leia mais: Brasileiros deportados foram agredidos a pauladas durante voo Dessa vez, a viagem será organizada pelo Itamaraty, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Polícia Federal; pelo lado norte-americano, participarão representantes da Embaixada em Brasília e pelo ICE. O avião fará uma escala técnica em Porto Rico e seguirá para Fortaleza, no Ceará, onde chegará durante a tarde. Os horários de saída e chegada não foram detalhados. Mas segundo o governo brasileiro, a escolha da capital nordestina seria para reduzir o tempo de viagem até o território brasileiro e para evitar que os brasileiros sobrevoem o país algemandos. De acordo com as autoridades, a decisão sobre o uso de algemas em deportados é exclusiva dos EUA. Um diplomata do consulado-geral do Brasil em Houston acompanhará o grupo. Também será disponibilizada uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar os passageiros até Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em ambas as capitais haverá um esquema de recepção e apoio. A Polícia Federal fará operação para a realização de procedimentos migratórios e de segurança aeroportuária. As informações da viagem estão em uma nota conjunta assinada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Relações Exteriores, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Ministério da Defesa. "A iniciativa visa a oferecer suporte imediato aos cidadãos que retornam ao país em condições de vulnerabilidade, assegurando dignidade e assistência integral", diz o comunicado. Segundo o Itamaraty, o voo desta sexta-feira será acompanhado em tempo real pelo grupo de trabalho designado para a operação, com o objetivo de avaliar e servir de modelo à organização dos voos seguintes.

  • Brasileiros deportados foram agredidos a pauladas durante voo

    BH, MANAUS, NY – Os relatos dos brasileiros deportados dos Estados Unidos que chegaram a Belo Horizonte no sábado, 25, retratam maus-tratos por parte dos agentes de imigração americanos responsáveis pelo voo de volta ao Brasil, incluindo agressões físicas e ameaças. O tratamento degradante foi compartilhado por todos os 88 brasileiros que chegaram a Manaus após o avião em que eram trazidos dos EUA parar para abastecimento e apresentar problemas no ar-condicionado.   Desembarcando na noite de sábado no aeroporto de Confins após serem soltos pela Polícia Federal, vários dos migrantes disseram ter ficado 50 horas algemados, sem ar-condicionado no voo e sujeitos a abusos dos americanos. "Nem cachorro merecia ser tratado daquele jeito", disse Jefferson Maia em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo . Ele ficou dois meses preso nos EUA após atravessar a fronteira com o México. "Passei quase 50 horas acorrentado, sem comer direito. Estou há cinco dias sem tomar banho." Segundo Jefferson, ele foi agredido pelos agentes de imigração já em Manaus, quando os americanos tentaram fazer o avião decolar mesmo apresentando falha no motor. Nesse momento, os migrantes pediram para sair da aeronave. "O agente me enforcou, puxou a corrente das algemas até que meu braço sangrasse", conta. "Não volto [pros EUA] nunca mais." Os abusos dos agentes americanos só pararam quando alguns deportados conseguiram alertar as autoridades brasileiras, gritando por socorro após uma das portas de emergência ser aberta. Os gritos foram ouvidos por funcionários do aeroporto que trabalhavam na pista e alertaram a Polícia Federal. "A gente disse pra eles: nós não vamos mais viajar nesse avião, chama a nossa polícia, tira a gente daqui", afirma Denilson José de Oliveira, 26 anos. "Senti muito medo. Parecia que estavam tentando nos matar." A partir deste instante uma mobilização foi criada para acionar o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski. O ministro falou em "flagrante desrespeito" dos direitos dos brasileiros. O Planalto, atendendo a uma ordem do presidente Luis Inácio Lula da Silva, também enviou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para completar a viagem de Manaus até o aeroporto de Confins em Minas Gerais. Na mesma noite do sábado, o Itamaraty publicou em suas redes sociais a informação de que pedirá explicações ao governo dos EUA sobre "o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo". Em reportagem publicada na Folha de S. Paulo , o brasileiro Carlos Vinicius de Jesus, 29, disse que os agentes americanos agrediram e humilharam os migrantes. "Bateram em nós, falaram que iam derrubar o avião, que nosso governo não era nada. A gente que se rebelou, iam nos matar. Eles falaram que se eles quisessem eles fechavam a porta da aeronave e matavam todos nós." Segundo Carlos, o avião, que partiu na sexta-feira, 24, da cidade de Alexandria, na Virgínia, apresentou falha técnica ainda em espaço aéreo americano, fazendo uma parada no estado da Louisiana, no sul do país. Depois, precisou pousar no Panamá e, por fim, em Manaus. A MANCHETE USA pediu explicações às autoridades americanas mas ainda não recebeu resposta. O carioca Marcos Vinicius Santiago de Oliveira, 38, confirmou as agressões contra outros deportados, contou a respeito da pane que teria ocorrido no avião e disse que os brasileiros foram forçados a ir ao banheiro de porta aberta. Para Aeliton Cândido, 33, de Divinópolis (MG), “foi a pior coisa que já passei na minha vida. Medo de morrer". Luiz Fernando Caetano Costa fez relato detalhado sobre o tratamento degradante dos americanos durante o voo: "Eu não fui agredido, mas os meninos foram. Eles estavam algemados, meteram o porrete neles sem dó. Desumano. Chutes, jogando os moleques no chão. Em um deles, um cara deu um mata-leão.” Luiz estava há 1,6 ano nos EUA. Vários brasileiros mostraram as marcas da violência que sofreram dos agentes. Sinais de brutalidade com requintes de crueldade estavam nas feridas provocadas por pauladas. "Alguns rapazes mais novos começaram a ver as crianças passando mal, eles estavam falando para tirar as crianças", afirmou Mario Henrique Andrade Mateus, 41, que diz ter ficado três meses detido na imigração americana. "Após a chegada da Polícia Federal, depois de muita discussão, muita briga, eles não queriam deixar a gente descer. E quando aceitaram, eles queriam tirar as algemas para que a PF não visse que nós estávamos algemados em território brasileiro", acrescentou Mario Henrique. Além dos maus-tratos relatados no voo, os brasileiros também revelaram o tratamento desumano nas prisões. "Até cachorro aqui no Brasil come melhor do que a gente comeu lá", disse Lucas Gabriel Maia. "Era pão, água e cereal." Outros migrantes também relataram que comiam hamburgueres no almoço e na janta. A Embaixada dos EUA em Brasília não se manifestou formalmente e no sábado havia dito apenas que "os cidadãos brasileiros do voo de repatriação estão sob custódia das autoridades brasileiras" e que a representação diplomática estava em contato com as autoridades. A violência cometida no voo chamou a atenção de autoridades internacionais. Citando o caso do Brasil, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse neste domingo, 26, que não permitirá que aviões militares dos EUA façam voos de deportação até o seu país. "Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece", afirmou Petro em publicação no X. "Não posso fazer com que migrantes fiquem em um país que não os quer; mas se esse país os devolve, deve ser com respeito, em aviões civis", afirmou. "A Colômbia exige respeito." Autoridades brasileiras vão cobrar dos EUA explicações sobre violência (Foto: Reprodução TV)

  • Novo voo com brasileiros deportados dos EUA chega em Fortaleza

    FORTALEZA - O novo voo com deportados dos Estados Unidos aterrissou pouco após 4 da tarde desta sexta-feira em Fortaleza. Segundo informações do governo do Ceará, são 111 imigrantes que retornaram agora ao Brasil. Desse total, aproximadamente 80% são de Minas Gerais e devem seguir viagem em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. A Secretaria de Direitos Humanos do Ceará, que trabalha em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos, disse que serão fornecidos alimentos e serviços de atendimento psicológico aos brasileiros que desembarcaram hoje. Brasileiros foram acompanhados por um diplomata designado pelo governo federal O trajeto do avião que saiu de Alexandria, na Lousiana, até Fortaleza foi providenciado pelo governo dos Estados Unidos e inicialmente a previsão era que o voo tivesse Belo Horizonte como primeira parada no Brasil. Mas segundo o governo brasileiro, a escolha da capital nordestina seria para reduzir o tempo de viagem até o território brasileiro e para evitar que os brasileiros sobrevoem o país algemandos. Leia também: Diplomata brasileiro vai acompanhar voo de deportados dos EUA No dia 24 de janeiro, o voo com 158 pessoas a bordo – 88 delas brasileiras – aterrissou em Manaus, no Amazonas, de onde devia seguir para Belo Horizonte. A viagem foi interrompida após os brasileiros pedirem socorro e relataram maus-tratos e ameaças dos agentes de imigração dos EUA.

  • Embaixada dos EUA no Brasil alerta cidadãos para riscos no Carnaval

    Milhares de estrangeiros, muitos americanos visitam o Brasil durante o carnaval RIO DE JANEIRO - A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou um comunicado com recomendações de segurança para cidadãos norte-americanos que pretendem participar do carnaval de 2025 no país. A nota, publicada no site oficial da embaixada, alerta os turistas para riscos como furtos, assaltos e golpes aplicados contra estrangeiros Os EUA orientam que visitantes evitem andar sozinhos, especialmente à noite, mantenham as janelas fechadas ao se deslocarem de carro e não usem joias ou carreguem grandes quantias de dinheiro. O comunicado enfatiza que turistas devem evitar favelas, mesmo em contexto de festas de rua, e ter atenção redobrada com golpes em encontros. “Criminosos visam estrangeiros através de aplicativos de namoro ou em bares antes de drogar e roubar suas vítimas. Não aceite bebidas de estranhos”, diz a nota. Outras recomendações incluem não deixar bebidas desacompanhadas, viajar em grupos e monitorar notícias locais para atualizações de segurança. Em casos de assalto, o documento orienta não reagir. “Não resista fisicamente a qualquer tentativa de roubo. Os criminosos geralmente estão armados. Sua vida é muito mais valiosa do que seus bens pessoais."

  • ICE faz operação de guerra no Colorado e não divulga números

    "Operação Aurora" visava membros de guange, mas ICE não divulgou balanço da ação até agora DENVER - Uma operação do ICE em busca de 100 membros de uma gangue venezuelana essa semana levou pânico para os imigrantes do Colorado. A agência federal não informou quantas pessoas foram presas nem o número de criminosos. Na quarta-feira, 5, os veículos táticos da SWAT atravessaram Denver e Aurora e agentes federais foram de porta em porta em busca dos criminosos. A agência federal também não divulgou os nomes das pessoas detidas na "Operação Aurora , mas a Fox News, que participou da operação, informou que 30 pessoas foram presas, mas apenas um era membro de uma gangue. Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que mais de 100 membros do Tren de Aragua foram deportados do Colorado na quarta-feira. Ao jornal Colorado Sun , o Gabinete do Xerife do Condado de Arapahoe disse na quinta-feira, 6, que recebeu dois detidos do ICE que tinham mandados por crimes cometidos em seu condado, mas o departamento do xerife não forneceu seus nomes ou outros detalhes. Eles devem ser processados e, se soltos, vão para custódia da agência federal. Para o czar da fronteira, Tom Homan, a operação do ICE foi prejudicada por um vazamento que alertou membros de gangues. Buscas Agentes federais, entre eles do ICE e do FBI, invadiram na madrugada da quarta-feira (6) complexos de apartamentos . A operação que usou granadas fumegantes e ferramentas para arrombar portas, durou o dia todos. A moradora Deicy Aldana contou que os policiais invadiram o seu apartamento e levaram o marido e o sogro que são venezuelanos. Os agentes disseram que os homens voltariam para casa dentro de cerca de cinco horas se a papelada estivesse em ordem. Os homens não retornaram embora tivessem autorização de trabalho e tivessem apresentado a documentação necessária para permanecer temporariamente no país, afirmou a mulher. Horas depois, Aldana recebeu uma mensagem do marido de que seria deportado.

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