
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empossado nesta segunda-feira, 20, para um segundo mandato na Casa Branca, assinou seus primeiros decretos como primeiro ato no poder durante um evento para 20 mil apoiadores na Arena Capital One, em Washington D.C.
Os atos incluem a revogação de cerca de 80 decretos do governo anterior; o congelamento de regulamentações e novas contratações federais, mirando o que chamou de "burocratas" do ex-presidente Joe Biden; uma ordem para "acabar com a censura"; além da retirada do país do Acordo de Paris, que limita as emissões de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.
Durante o evento, Trump prometeu ainda conceder o perdão aos condenados na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, a quem chamou de "reféns", atacar a indústria de energia eólica e endurecer as políticas migratórias, uma das suas principais bandeiras de campanha.
Em seu discurso de posse, o republicano disse que declararia emergência nacional da fronteira com o México e mobilizaria as Forças Armadas para promover "a maior deportação em massa da História". Novos decretos, sobre essas e outras questões, serão assinados em breve no Salão Oval, para onde Trump se encaminha neste momento.
Stephen Miller, o novo vice-chefe de Gabinete, informou a um pequeno número de líderes republicanos na tarde de domingo sobre os planos da administração, que incluem rescindir as diretrizes da administração Biden sobre diversidade, equidade e inclusão (DEI), desfazer os limites impostos por Biden à perfuração offshore e em terras federais.
Confira as ordens executivas assinadas na Arena:
Revogou uma sequência de medidas do governo Biden, como a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo.
Ressaltou a 1ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos para garantir a liberdade de expressão e "acabar com a censura". No documento, o governo afirma que a administração anterior censurou a população nas redes sociais.
Determinou que o governo não seja usado como "arma" para perseguir adversários políticos. Mais uma vez, fez ataques ao governo Biden, afirmando que agências federais foram usadas para prejudicar a democracia.
Publicou um memorando pedindo que providências sejam tomadas para encerrar todos os acordos de trabalho remoto no governo dos Estados Unidos.
Congelou contratações de funcionários civis federais dentro do governo.
Determinou que as agências adotem medidas para a redução de preços e do custo de vida dos americanos.
Retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, que tem como objetivo a redução das emissões de gases que causam o efeito estufa.
Mais cedo, logo após a cerimônia de posse, Trump já havia assinado uma série de documentos, incluindo a nomeação de funcionários para servir de forma interina até que seus indicados sejam confirmados.
Ele também determinou que, em dias de posse presidencial, a bandeira dos Estados Unidos fique hasteada em mastro completo.
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