
WASHINGTON - Sinval de Oliveira, 51 anos, um dos 88 brasileiros deportados esse fim de semana no voo fretado pelos Estados Unidos, estava no país há 35 anos e passou os últimos três preso por lavagem de dinheiro.
Internautas reconheceram o homem que deu entrevista após a chegada Manaus, onde a aeronave americana aterrissou para abastecer e apresentou problemas mecânicos. Os brasileiros pediram socorro e o governo brasileiro exigiu que fossem retiradas as algemas dos nacionais e providenciou um avião da FAB para levá-los até o destino final em Belo Horizonte.
Aos jornalistas, Oliveira ressaltou a boa recepção da Comissão dos Direitos Humanos e contou que estava nos EUA há mais de três décadas sem especificar o motivo da deportação.
De acordo com a Polícia Federal, nenhum passageiro do voo de sexta-feira tem problemas com a Justiça do Brasil. Entre os deportados havia famílias e crianças, ressalta a nota.
Lavagem de dinheiro
Nos EUA, Oliveira foi condenado em junho de 2022 a 5 anos de prisão por conspiração para lavagem de dinheiro. O brasileiro tinha se declarado culpado três meses antes.
Ele era morador de Torrance, na Califórnia, onde já cumpria liberdade condicional quando começou a ser investigado pelo Departamento de Segurança Interna e Polícia Federal dos EUA em novembro de 2020 por uma série de roubos por fraude envolvendo indivíduos que usavam falsos pretextos para convencer funcionários de empresas a a entregar o dinheiro para fins supostamente legítimos.
O esquema movimentou mais de US$ 5 milhões e Oliveira se apresentava como negociador de bitcoins.
Segundo o processo, em apenas uma ação Oliveira coletou em Milwaukee US$ 242.980 e usou várias transações menores em caixas eletrônicos em alguns bancos da cidade para "depositar o dinheiro em uma conta bancária funil em nome de uma empresa da Flórida que não tinha nenhum propósito comercial legítimo além de arrecadar dinheiro de atividades ilícitas".
Dessa conta laranja o dinheiro era enviado para o exterior e Oliveira ganhava uma comissão em cima do montante.
A Manchete USA não conseguiu contato com Oliveira até a publicação dessa matéria.
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