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Brasileiro é condenado a 16 meses de prisão por mentir em caso de asilo


Brasileiro mentiu em requerimento de visto e em processo de asilo
Vidal Filho afirma inocência em caso de chacina no Ceará (Foto: Divulgação ICE)

BOSTON - O ex-policial militar brasileiro Antônio José de Abreu Vidal Filho, 31, foi condenado a 16 meses de prisão em um tribunal federal de Boston por mentir em seu pedido de asilo em uma audiência de imigração.


A sentença foi anunciada no dia 29 de maio, um ano após o indiciamento do réu por dois crimes de fraude de visto, dois de perjúrio e um de falsificação e ocultação de um fato material.


A denúncia diz que o ex-policial militar escondeu das autoridades de imigração sobre o seu envolvimento na Chacina de Curió, em Fortaleza, no Ceará, quando marcou "não" ao ser questionado sobre já ter sido preso ou condenado em seu país de origem.


Durante uma audiência em fevereiro do ano passado, Vidal Filho alegou que nunca havia mentido às autoridades americanas e que omitiu informações porque ainda não havia sido preso na época.


O brasileiro foi detido pelo ICE em agosto de 2023, quando estava trabalhando em Rye, New Hampshire, após seu nome entrar para a lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) dias antes devido a sua condenação pela Chacina de Curió em novembro de 2015.


Após cumprir a pena nos Estados Unidos, o ex-policial vai ser deportado para servir a sentença no Ceará.


Vidal Filho foi condenado pela Justiça do Brasil a 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, três tentativas de homicídio e quatro crimes de torturas física e mental - a maioria das vítimas tinha entre 16 e 18 anos sem passagem pela polícia.



Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, morto horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto.


Mais de seis meses pós a chacina, Vidal Filho, que é natural de São Luis do Maranhão, foi preso pela polícia cearense em 31 de agosto de 2016.


Ele conseguiu a liberdade provisória em 24 de maio de 2017 para aguardar o julgamento em liberdade. Nesse período, ele deixou o país e foi considerado desertor da Polícia Militar.


A defesa do ex-policial afirma que ele é inocente e alega que Vidal estava há apenas quatro meses na corporação quando houve a chacina, não possuía arma, não foi filmado durante as mortes, e teria como álibi uma multa.


Ainda segundo a defesa do brasileiro, a vinda dele para os EUA não tem relação com nenhuma possível fuga por conta da chacina, mas sim para estudar.


Entretanto, duas semanas após conseguir o benefício de responder o processo em liberdade Vidal Filho foi no Consuldado americano, em Recife, para requisitar o visto de turista (B2).


Ao preencher o formulário, ele negou ter sido preso ou condenado por algum crime. O visto foi aprovado 13 dias depois, mas ele só viajou para os EUA em 30 de maio de 2018, desembarcando em Miami, Flórida.


Em 29 de janeiro de 2020, Vidal Filho pediu asilo político no país e “mentiu ao afirmar que nunca havia sido acusado, processado, preso ou interrogado fora dos Estados Unidos”, afirma a promotoria.




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