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- Trump quer suspender habeas corpus contra imigrantes
Stephen Miller diz que Constituição prevê suspensão do habeas corpus (Foto: Reprodução TV) WASHINGTON - O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, disse nesta sexta-feira, 9, que o presidente Donald Trump e sua equipe estão “analisando” meios para suspender a medida constitucional do habeas corpus como parte da repressão do governo à imigração. “A Constituição é clara e essa é a lei suprema do país. O privilégio do habeas corpus pode ser suspenso em caso de invasão”, disse Miller a jornalistas na Casa Branca. “Portanto, é uma opção que estamos analisando ativamente. Veja bem, muito depende dos tribunais, se eles farão a coisa certa ou não.” Segundo reportagem do site The Hill, um habeas corpus obriga as autoridades a apresentarem o indivíduo que estão detendo e a justificar seu confinamento. Ele tem sido uma via fundamental para os imigrantes contestarem deportações pendentes sob a Lei de Inimigos Estrangeiros, uma legislação do século 18 para tempos de guerra que Trump tem recorrido para deportar cidadãos venezuelanos que acusa de serem membros de gangues. O mecanismo também é usado por outros estrangeiros, inclusive estudantes universitários com visto de estudo – para contestar as detenções. ‘Invasão’ O site The Hill explica que a Constituição determina que o habeas corpus não pode ser suspenso “a menos que, em casos de rebelião ou invasão, a segurança pública o exija”. O instrumento de defesa foi suspenso apenas quatro vezes nos EUA: durante a Guerra Civil, em partes da Carolina do Sul invadidas pela Ku Klux Klan, em duas províncias nas Filipinas, em 1905, e no Havaí, após o bombardeio de Pearl Harbor. ** Com AE **
- Blitz da Sobriedade acontece no Condado de Hampden hoje
As cidades em amarelo formam o palco da blitz de hoje BOSTON - A Polícia de Massachusetts confirmou que a Blitz da Sobriedade acontece nesta sexta-feira, 9, no Condado de Hampden. A ação de 12 horas para tirar das ruas motoristas embriagados ou sob influência de drogas começa às 18 horas e segue até a manhã seguinte. Segundo as autoridades, as barreiras de fiscalização se locomovem durante a noite e podem acontecer em mais de um ponto simultaneamente. Essa operação especial começou em 2015 para alertar sobre a combinação perigosa entre álcool, drogas e direção. Vale ressaltar, entretanto, que quem for pego cometendo outras infrações, como dirigir sem carteira de motorista, está sujeito a ser preso. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Prisão de brasileira pelo ICE provoca ira de vizinhos em Worcester
Polícia foi acionada para conter a revolta popular contra os agentes federais (Foto: Reprodução TV) WORCESTER - O ICE prendeu uma brasileira em Worcester, Massachusetts, na manhã desta quinta-feira, 8, em ação com requintes de violência. A força usada pelos agentes provocou revolta entre moradores que tentaram expulsar da rua Eureka os oficiais da agência federal. A polícia local foi acionada para intervir e conter a população. "Recebemos um ligação por volta das 11h15 informando que um grupo de pessoas estava hostilizando agentes federais", disse a delegacia em nota ao reafirmar que não colabora com o ICE. "A polícia de Worcester foi acionada pelo ICE para manter a ordem pública." Alguns moradores pressionaram os agentes, pedindo para ver o mandado de prisão e temiam que a ação pudesse ferir um bebê de dois meses que estava no colo de uma das mulheres abordadas pelos agentes de casa no momento em que saíam de casa. A veredora Etel Haxhiaj esteve no local e também se posicionou como um escudo entre a imigrante e os agentes federais, mas foi contida. Imagens pertubadoras mostram população tentando impedir que brasileira fosse presa pelo ICE Testemunhas denunciam que os policiais foram violentos e prenderam a filha de 17 anos da brasileira detida pela ICE. A jovem se dirigiu ao carro onde a mãe foi colocada algemada enquanto gritava para que a soltassem. Ela foi presa pela polícia de Worcester. Jovem foi presa pela polícia de Worcester ao se desesperar com a detenção da mãe A candidata ao Comitê Escolar, Ashley Spring, também foi detida. Quando era conduzida para a viatura ela disse que a população questionou se havia um mandado de prisão assinado por um juiz. Os agentes federais apenas diziam que a mulher não compareceu à Corte naquele dia e sabia por que seria presa. Ashley pontuou que a brasileira tinha o direito de ir embora porque não havia uma ordem de prisão contra ela. "Mas os policiais foram violentos, arrancaram o bebê dos braços da mãe e a prenderam. A comunidade tentou ajudar", disse a jornalistas no local. À reportagem, o ICE diz não comentar processos em andamento, mas a lei permite que agentes federais prendam estrangeiros ilegais mesmo sem uma ordem judicial. Entretanto, eles não podem entrar em uma propriedade privada sem o documento assinado pelo juíz, ainda que apresentem um mandado administrativo. Em tempo: Não está claro o que aconteceu com a terceira mulher que segurava a criança nas imagens que viralizaram na internet. A vereadora Etel também argumentou com um dos policiais de Worcester que a prisão da jovem foi desnecessária e violenta. "Era só deixar que uma de nós a consolasse. Vocês a jogaram no chão", pontuou. A Polícia de Worcester justifica que a adolescente foi presa porque colocou em risco a vida de um menor. O Boletim de Ocorrência cita que a jovem estava com o bebê no colo quando entrou na frente do carro dos agentes federais que levava a sua mãe. Ela entregou a criança para outra mulher, mas não desistir de impedir a saída do veículo. As imagens veiculadas não confirmam a versão. Os policiais afirmam que a imobilizaram porque a adolescente poderia se jogar na frente do carro em movimento. Ela foi acusada de colocar um menor em perigo, alteração da ordem pública, conduta desordeira e resistência à prisão. Já a americana, de acordo com a Polícia da cidade, foi presa por empurrar os policiais que tentavam prender a jovem e os "agrediu produzindo lesão" a um deles. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Trump quer trazer primeiros 'refugiados' brancos da África do Sul na próxima semana, diz NYT
Trump e o sul-africano Elon Musk que ocupa cargo especial no governo republicano WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende trazer o primeiro grupo de Afrikaners — fazendeiros sul-africanos de ascendência europeia — ao país na próxima semana, de acordo com o jornal The New York Times. O republicano os classifica como refugiados porque são, segundo ele, "vítimas de discriminação racial injusta". Ainda segundo o NYT, o governo planeja um evento de recepção no Aeroporto Internacional de Washington Dulles, na Virgínia. A informação está em um memorando do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) ao qual o jornal teve acesso. Em fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva determinando que os EUA acolhessem "refugiados Afrikaners". Na data da assinatura, o presidente declarou, sem citar evidências, que "a África do Sul estava confiscando terras" e que "certas classes de pessoas" foram tratadas "muito mal". O bilionário sul-africano Elon Musk, que é próximo de Trump, afirmou que os sul-africanos brancos foram vítimas de "leis racistas de propriedade". O Ministério das Relações Exteriores da África do Sul disse, ainda em fevereiro, que a ordem executiva de Trump "carece de precisão factual e falha em reconhecer a história profunda e dolorosa da África do Sul de colonialismo e apartheid". De acordo com a última auditoria de terras, realizada em 2017, os proprietários brancos ainda possuem três quartos das terras agrícolas do país. Isso contrasta com 4% de propriedade de negros, que compõem 80% da população, brancos foram 8%. ** Com Agências **
- Leão XIV: o que primeiro papa americano significa para os EUA de Trump
Papa Leão XIV já criticou políticas imigratórias do governo Trump WASHINGTON - Nos dias que antecederam o conclave, havia entre muitos observadores do Vaticano a preocupação sobre que tipo de influência os Estados Unidos poderiam exercer na escolha do novo papa e na busca por um nome mais conservador. O país abriga uma pequena mas poderosa ala conservadora da Igreja Católica, que se consolidou como o principal foco de oposição ao papa Francisco (2013-2025) e de rejeição à visão mais liberal e às reformas implementadas por ele. Além disso, a relação de Francisco com o presidente Donald Trump e outros membros do alto escalão do governo americano, como o vice-presidente J.D. Vance, que é católico, sempre foi marcada por tensão e discordâncias, muitas vezes públicas, tanto em questões políticas quanto eclesiásticas. Nesse contexto, a eleição histórica do cardeal Robert Francis Prevost, nascido em Chicago, como papa Leão 14, o primeiro americano a comandar a Igreja Católica, pode ser interpretada como uma resposta do Vaticano. Apesar de ser americano, o novo papa é considerado um reformista e não um nome alinhado às prioridades de Trump ou dos conservadores da Igreja nos Estados Unidos. A expectativa é de que Leão XIV dará continuidade à visão de Francisco. "Esta eleição papal é também uma resposta a Trump, mas uma resposta oblíqua e não frontal contra ele", disse o professor de teologia histórica Massimo Faggioli, da Universidade Villanova, na Pensilvânia, em uma postagem no X (antigo Twitter). Logo após o anúncio do resultado do conclave, Trump parabenizou Prevost e descreveu a eleição do primeiro papa americano como "uma grande honra". "Que emoção e que grande honra para o nosso país. Estou ansioso para encontrar o papa Leão 14. Será um momento muito significativo!", escreveu o presidente na rede Truth Social. Em entrevista à BBC News Brasil, Faggioli salienta que, até pouco tempo atrás, a ideia de um papa americano era "impensável". Apesar de Prevost figurar em algumas listas de possíveis favoritos, muitos analistas consideravam pouco provável a escolha de um americano. "O caos global que foi criado, em grande parte pelos Estados Unidos, nestes últimos anos, tornou possível um papa americano", diz Faggioli. "Isso era impensável, mas agora tantos tabus foram quebrados. Trump, de algumas maneiras, tornou essa eleição menos impossível." Faggioli lembra que os católicos conservadores dos Estados Unidos não estavam felizes com Francisco e esperavam a eleição de alguém completamente diferente, mais conservador, talvez americano. "Mas acabaram com um papa americano que é, em grande parte, uma continuação (da visão) de Francisco", observa. "E ele é um papa das Américas, não somente dos Estados Unidos. É uma resposta muito criativa (por parte do Vaticano)", avalia Faggioli. Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, Leão 14 passou grande parte de sua carreira religiosa no Peru. Além de ser um destacado especialista em Vaticano, Faggioli também leciona na mesma universidade onde Leão 14 estudou. O novo papa se formou em Matemática na Universidade Villanova, em 1977. Segundo o professor, a reação no campus foi de euforia. "Os sinos começaram a tocar alguns minutos depois do anúncio e continuaram por horas." A Villanova é a principal universidade católica da ordem agostiniana (da qual o papa faz parte) nos Estados Unidos. Impacto na Igreja americana Faggioli destaca que, assim como seu antecessor, Leão 14 também "é muito crítico da posição de J.D. Vance sobre imigração". Francisco corrigiu Vance publicamente quando o vice tentou usar a doutrina católica para justificar algumas das políticas do governo. Também disse em carta aberta aos bispos americanos que os planos de deportação em massa do governo Trump violavam a dignidade humana. Na quinta-feira (8/5), logo após o anúncio em Roma, começaram a circular pela internet antigos posts no X sob o nome de Robert Prevost com críticas a Trump e Vance. Entre os posts compartilhados por Prevost estão artigos criticando a política de imigração de Trump e a interpretação de Vance sobre o conceito católico de "Ordo Amoris", usada pelo vice para justificar deportações. Há também posts defendendo reforma no controle de armas e o fim do racismo na sociedade. Segundo Faggioli, a ascensão de Leão 14 pode significar um recomeço nas relações entre o papa e setores conservadores da Igreja americana, depois de 12 anos de animosidade intensa sob Francisco. "Não creio que a mensagem irá mudar. Mas acho que adotará um estilo diferente, menos pessoal e mais institucional", prevê. "Desde a eleição (presidencial) americana do ano passado, Trump e Vance tentaram dominar o catolicismo dos Estados Unidos", opina Faggioli. "Agora, com um papa americano, isso fica mais complicado." Para Faggioli, com um papa americano, será mais difícil que os católicos do país confiem na versão do catolicismo pregada por Trump e Vance. "A partir de hoje, não será Trump nem Vance quem falará com os católicos americanos", afirma. "Acho que Prevost é uma resposta muito boa (do Vaticano), porque conhece os Estados Unidos bem, é um deles. Não pode ser acusado de ser antiamericano", ressalta. Faggioli acredita que os setores conservadores que atacavam o papa Francisco terão de reestruturar sua estratégia. "Há um projeto conservador americano para o catolicismo, para todo o catolicismo, que não depende de Donald Trump, não depende do papa", afirma. "Acho que eles têm um plano para o futuro da Igreja. Mas terão de entender como levar adiante sua estratégia de longo prazo de maneiras que levem em consideração que existe um papa dos Estados Unidos. Será mais difícil ignorá-lo." ** Com BBC **
- Americano Robert Francis é o novo papa Leão XIV
89 dos 133 cardeais escolheram Robert Francis Prevost como o novo líder da igreja católica WASHINGTON - O cardeal americano Robert Francis Prevost é o novo papa e a partir de agora passa a ser chamado de Leão XIV. A fumaça branca, anunciando o novo papado, saiu da chaminé do Vaticano logo depois das 13 horas (horário de Nova York). Leão XIV foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro. Quem é o novo papa Nascido em Chicago, em Illinois, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante. Mas foi na América Lativa que Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana. Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos — e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. De perfil discreto e voz tranquila, Leão XIV costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado ao perfil de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica. Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino. Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru — primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período. Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, enfrentou a principal crise de sua trajetória: em 2023, três mulheres acusaram Prevost de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando elas ainda eram crianças. Segundo as denúncias, uma das vítimas telefonou para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente e o outro já não exercia mais funções por questões de saúde. A diocese peruana nega qualquer acobertamento e afirma que Prevost seguiu os trâmites exigidos pela legislação da Igreja. O Vaticano ainda não concluiu a investigação. Durante sua passagem pelo Peru, Prevost também ocupou cargos de destaque na Conferência Episcopal local e foi nomeado para a Congregação do Clero e, depois, para a Congregação para os Bispos. Em 2023, recebeu o título de cardeal — função que ocupou por menos de dois anos antes de se tornar papa, algo raro na Igreja moderna. Durante a internação de Francisco, Prevost foi o responsável por liderar uma oração pública no Vaticano pela saúde do então pontífice. ** Com Agências **
- EUA e Reino Unido anunciam acordo comercial após tarifaço
Keir Starmer e Donald Trump durante a formalização do acordo WASHINGTON - O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 8, um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Reino Unido. Trata-se do primeiro de vários pactos que o republicano tem prometido fazer desde 2 de abril, quando anunciou um "tarifaço" a todas as nações. Segundo Trump, o Reino Unido concordou em abaixar as cobranças não tarifárias sobre produtos importados. "Um ótimo acordo para ambos os países. Eles estão abrindo o país —o país estava um pouco fechado", disse o presidente americano. Trump depois colocou o primeiro-ministro inglês para falar por telefone durante o anúncio do Salão Oval. "Isso é histórico e fantástico", disse Keir Starmer. O secretário do Comério americano, Howard Lutnick, deu algumas informações sobre o plano —ainda pouco detalhado— e afirmou que as tarifas de 10% sobre os produtos do Reino Unido seguem em vigor. Haverá, por sua vez, isenções ligadas aos automóveis, setor que recebe uma tarifa de 25% impostas por Trump, além do aço e aviões. O Reino Unido poderá enviar 100 mil carros aos EUA e pagará uma tarifa de 10%, disse Lutnick. Autoridades inglesas afirmaram que tarifas sobre aço —também a 25% para o mundo— serão zeradas para o Reino Unido. Um documento divulgado pela Casa Branca após o anúncio firma ainda que os EUA vão ampliar em US$ 700 milhões as exportações de etanol e em US$ 250 milhões a venda de outros produtos agrícolas, como carne bovina. "Abrimos novo acesso ao mercado: etanol, carne bovina, máquinas, todos os produtos agrícolas", afirmou o secretário do Comércio. O governo Trump tem tentado persuadir outros países a chegarem a acordos comerciais rápidos com os Estados Unidos, usando barreiras tarifárias. Apesar do adiamento das taxas específicas para cada país, ele manteve uma tarifa global de 10% em vigor, inclusive sobre o Reino Unido. Ao contrário de outros países, a naçõ não foi submetida a tarifas "recíprocas" mais altas, porque compra mais dos Estados Unidos do que vende para eles. É o mesmo caso do Brasil. O Reino Unido também está sujeito a uma tarifa de 25% que Trump impôs sobre aço, alumínio e automóveis estrangeiros, taxas que os funcionários britânicos têm pressionado seus homólogos americanos para suspender. O interesse de Trump em firmar um acordo comercial com o Reino Unido remonta ao seu primeiro mandato, quando seus assessores negociaram com o país, mas não finalizaram um acordo. Funcionários britânicos também têm buscado um acordo comercial com os Estados Unidos desde o Brexit, como forma de compensar relações mais fracas com a Europa. Na administração Biden, funcionários britânicos continuaram a pressionar por um acordo com os Estados Unidos, mas fizeram pouco progresso. Para o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o acordo comercial ofereceria uma validação para seu cultivo assíduo da relação com Trump. Durante sua visita ao Salão Oval em fevereiro, Starmer apareceu com um convite do Rei Charles III para que o presidente fizesse uma rara segunda visita de Estado à Grã-Bretanha. A administração Trump parece avançar em negociações com Índia e Israel, e continua em conversas com a Coreia do Sul, Japão, Vietnã e outras nações. Ainda assim, Trump mais uma vez demonstrou sua abordagem imprevisível à política econômica na terça-feira, quando minimizou a perspectiva de acordos comerciais, dizendo que outros países precisavam mais desses acordos do que os Estados Unidos. "Todos dizem 'quando, quando, quando você vai assinar acordos?'" disse Trump, em certo momento apontando para Howard Lutnick, seu secretário de comércio. "Não precisamos assinar acordos. Poderíamos assinar 25 acordos agora mesmo, Howard, se quiséssemos. Não precisamos assinar acordos. Eles precisam assinar acordos conosco." Especialistas em comércio disseram que Trump pode estar pretendendo anunciar acordos muito mais limitados do que os acordos comerciais tradicionais, que cobrem a maior parte do comércio entre países e exigem aprovação do Congresso. Historicamente, os acordos de livre comércio levaram mais de um ano para serem negociados pelos Estados Unidos. Em seu primeiro mandato, Trump renegociou vários acordos comerciais dos EUA, incluindo um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul e o Nafta. Mas ele também assinou uma série de "mini-acordos" mais limitados com países nos quais eles reduziram tarifas sobre alguns tipos de mercadorias ou concordaram em falar sobre alguns setores. Além das disputas comerciais, Trump faz pressão para que o banco central americano, FED, baixe as taxas básicas de juros e, também nesta quinta, criticou o chefe da autarquia, Jerome Powell —o chamou de "tolo" um dia depois de o Fed ter mantido o índice de referência. "'Atrasado demais' Jerome Powell é um tolo, que não tem a menor ideia. Fora isso, eu gosto muito dele!", escreveu Trump em sua plataforma de mídia social. Ele citou a queda nos custos de energia e sua política tarifária e contestou qualquer aumento nos custos ou na inflação. Ainda mencionou preocupações com desemprego. Os funcionários britânicos, por sua vez, também têm negociado com a União Europeia, e na terça-feira (6) concordaram com um acordo comercial com a Índia. O acordo com a Índia reduziria as tarifas entre os países e garantiria mais acesso para empresas britânicas aos setores de seguros e bancário da Índia, entre outras mudanças. O anúncio seguiu-se a quase três anos de negociações. ** Com Agências **
- Influenciador fitness brasileiro é preso após atropelar policial, fugir e bater com moto em Miami
Influenciador fitness tem 764 mil seguidores no Instagram (Foto: Reprodução Redes Sociais) MIAMI - O influenciador fitness brasileiro Armando Fogaça, de 37 anos, foi preso nesta segunda-feira, 5, em Miami, na Flórida, após atropelar com uma moto um policial, antes de bater em outro veículo em alta velocidade. Fogaça enfrenta cinco acusações criminais, incluindo agressão agravada contra um policial, direção imprudente e fuga do local de um acidente com feridos. Fogaça não tem carteira de motorista e apresentou apenas o passaporte brasileiro. Ele está detido sem direito a fiança e já foi colocado sob custódia do ICE. Fogaça é dono de um perfil no Instagram com 764 mil seguidores onde compartilha vídeos nos quais levanta pesos e entorta panelas e martelos, além de esmagar melancias com as mãos. Por volta de 8h45 de segunda-feira, um agente do Departamento de Polícia de Miami Beach tentou parar a motocicleta do brasileiro por uma violação de normas de trânsito. Inicialmente, Fogaça pareceu obedecer, mas, ao ser direcionado ao acostamento, ele avançou com a motocicleta e atingiu o policial. A motocicleta pilotada pelo brasileiro seguiu em alta velocidade pela MacArthur Causeway, via que conecta Miami a South Beach. Segundo a CBS, o policial americano sofreu fraturas nas costelas, escoriações e hematomas. Fogaça chorou durante audiência na Corte de Miami (Foto: Reprodução) No caminho para o hospital Jackson Memorial, a equipe de resgate passou por um acidente de trânsito e o policial ferido conseguiu identificar a motocicleta de Fogaça em meio à cena. Após ser detido, o brasileiro deu depoimentos que contradizem o registrado pela câmera corporal usada pela vítima, segundo a CBS. A namorada de Fogaça, Valquiria da Silva, que estava na garupa da moto, relatou aos policiais que o casal estava atrasado para uma aula. Ela também confirmou que o brasileiro não tinha uma carteira de motorista, o que motivou a fuga. Ao canal Miami Local10, o advogado de Fogaça alegou que ele não tinha a intenção de atingir o policial.
- Trump define 8 de maio como 'Dia da Vitória' na 2ª Guerra Mundial
Trump disse acredita que rendição da Alemanha nazista se deu graças aos EUA WASHINGTON - O triunfo se deve a "nós, goste ou não", afirmou, nesta quarta-feira, 7, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao declarar o dia 8 de maio como o "Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial". Na Europa Ocidental, o 8 de maio marca a rendição da Alemanha nazista em 1945. A Rússia comemora no dia 9. Depois de terminadas as hostilidades na Europa, a Segunda Guerra continuou na Ásia até que a rendição do Japão foi assinada em 2 de setembro. Os Estados Unidos desempenharam um papel crucial nas duas guerras mundiais, nas quais se envolveram militarmente e forneceram ajuda material importante, mas não foram o país que mobilizou mais soldados ou sofreu o maior número de baixas. "A vitória foi alcançada principalmente graças a nós, goste ou não", declarou Trump na Casa Branca pouco depois de emitir a proclamação. "Foram tanques, navios, caminhões, aviões e militares americanos que derrotaram o inimigo há 80 anos nesta semana. Sem os Estados Unidos, a libertação nunca teria acontecido", acrescentou. O republicano já havia anunciado sua intenção de criar essa data comemorativa porque, ao contrário de grande parte da Europa, seu país não tinha um dia para celebrar a derrota da Alemanha nazista em 1945. Trump disse que também planejava estabelecer um "Dia da Vitória" separado para a Primeira Guerra Mundial e atribuiu aos Estados Unidos o mérito de encerrar esse conflito bélico. "Sem nós, essas guerras não teriam sido vencidas", afirmou o presidente, que especificou que o 8 de maio não será um feriado. O dia 11 de novembro é feriado federal nos Estados Unidos em homenagem aos veteranos. Segundo dados do Museu Nacional da Segunda Guerra Mundial dos Estados Unidos, o país perdeu 416.800 soldados, um pouco mais que o Reino Unido (383.600), mas muito menos que a União Soviética, cujas baixas oscilam entre 8,8 e 10,7 milhões de militares. ** Com AFP **
- Justiça absolve três policiais envolvidos na morte de homem negro no Tennessee
Tyre Nichols foi espancado porque teria cometido uma infração no trânsito (Foto: Redes Sociais) MEMPHIS - A Justiça de Tennessee absolveu nesta quarta-feira, 7, três policiais envolvidos no caso Tyre Nichols, homem negro que foi espancado até a morte, aos 29 anos, na cidade de Memphis, em janeiro de 2023. Os policiais Tadarrius Bean, Demetrius Haley e Justin Smith foram declarados inocentes de todas as acusações, incluindo homicídio em segundo grau, no qual não há um plano premeditado para matar. Após a decisão, os réus abraçaram seus advogados, e alguns de seus familiares choraram, de acordo com o jornal The Washington Post. Os três ainda enfrentam processos em nível federal e podem ser presos, no entanto. Além de homicídio em segundo grau, eles são acusados de agressão, má conduta, uso desnecessário da força, entre outros crimes. O caso foi gravado pelas câmeras corporais dos agentes e teve projeção internacional. As filmagens começam quando a polícia para Nichols em um cruzamento. Os policiais envolvidos disseram que ele estava dirigindo com imprudência. A família do homem, por sua vez, afirmou que ele estava matriculado em um curso de fotografia e havia saído para registrar o pôr do sol. Num primeiro momento, os policiais relataram que houve confronto, o que não foi comprovado. Ao ser abordado, Nichols foi arrastado para fora do carro e jogado no chão por policiais com armas em punho. "Não fiz nada!", gritou o homem, mostram as imagens de câmeras nas fardas dos agentes. No vídeo, é possível ver um agente aplicando ao menos cinco socos no rosto de Nichols. Ele também é atingido por dois chutes na cabeça, além de spray de pimenta e pancadas com cassetetes. Uma autópsia independente contratada pelos familiares apontou que Nichols teve hemorragia severa devido às contusões. Segundo a família, o homem teve o pescoço quebrado. Ele teria sofrido insuficiência renal e parada cardíaca devido às agressões. O caso alimentou protestos contra o racismo e a violência policial e foi comparado ao assassinato de George Floyd, em 2020, que também era um homem negro. Floyd morreu em Minneapolis depois de um policial sufocá-lo, pressionando os joelhos contra seu pescoço por mais de nove minutos. Suas últimas palavras —"Eu não consigo respirar"— se tornaram um dos lemas da onda de manifestações. ** Com Agência Folha **
- Brasileiro condenado por estupro foi preso em 2024 e ICE reedita caso como factual
André Lucas foi preso em outubro de 2024 pelo ICE mas caso volta à tona com o EEC (Foto: ICE Divulgação) BOSTON - A prisão do brasileiro André Tiago Lucas, 36, um fugitivo procurado no Brasil pelo estupro de uma adolescente de 13 anos, voltou à tona essa semana após a imprensa americana reportar que ele morava em uma casa onde funcionava um daycare em Hyannis, Massachusetts. Entretanto, Lucas foi preso há seis meses, durante a administração de Joe Biden, e o ICE já havia reproduzido a nota da ação em janeiro, o que seria uma estratégia de marketing da agência federal para atender a promessa de deportação em massa. Agora as agências do governo usam novamente a história de Lucas em suas redes sociais para justificar as ações anti-imigrantes. O brasileiro segue detido em Plymouth enquanto a proprietária da creche, Franciele Nunes, perdeu a sua licença de funcionamento que expirou em março e não foi renovada. Segundo relatos da imprensa americana, Franciele e Lucas têm dois filhos e não há informações sobre há quanto tempo ele vivia nesta casa. Desde a prisão no dia 31 de outubro, o local não funcionava mais como daycare . O Departamento de Educação e Cuidados Infantis de Massachusetts (EEC) exige que verificações periódicas sejam feitas sobre os moradores do local, incluindo antecedentes criminais, e afirma que não sabia que o brasileiro residia na casa. No entanto, o órgão também não verifica crimes cometidos no exterior. O xerife do Condado de Worcester, Lew Evangelidis, foi categórico sobre o perigo que deixa em situação vulnerável dezenas de creches particulares. “É assustador que alguém tenha sido documentado, que um cidadão brasileiro tenha fugido do país porque foi condenado por estupro de uma menina de 13 anos e pudesse vir para Massachusetts e não apenas desaparecer no estado, mas na verdade morar em uma creche para jovens", avaliou o policial. Em tempo: André Tiago Lucas foi condenado a nove anos e dez meses de prisão em dezembro de 2016 pela Justiça de Serro, em Minas Gerais, mas nunca foi encontrado. Ele morava nos Estados Unidos e estava sem status imigratório. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a autorização da MANCHETE USA. Todos os textos estão protegidos por copyright. Reproduções autorizadas devem conter crédito de AUTORIA para MANCHETE USA ( mancheteusa.com )
- Biden concede primeira entrevista após deixar a Casa Branca
Ex-presidente disse que ações de Donald Trump são questionadas por republicanos (Foto: Reprodução TV) WASHINNGTON - O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu entrevista à BBC britânica na terça-feira, 6, e disse que desistir de sua candidatura à reeleição foi uma decisão correta, mas difícil. O democrata largou a corrida eleitoral em julho do ano passado e afirmou que se retirar antes não teria feito diferença no resultado das urnas, que deram a Donald Trump seu segundo mandato. "Saímos num momento em que tínhamos uma boa candidata, com a campanha totalmente financiada. O que tínhamos planejado fazer ninguém pensou que conseguiríamos. E tínhamos tido tanto sucesso na nossa agenda que era difícil dizer: 'não, vou parar agora'. Foi uma decisão difícil", disse Biden ao jornalista Nick Robinson, do programa Today da BBC Radio 4. Na entrevista Biden se disse preocupado com a relação dos EUA com a Europa e teme pelo futuro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O futuro da democracia nos EUA, Biden diz, o preocupa menos que o recuo dela no mundo. Isso porque, na avaliação do democrata, Trump não se comporta como um presidente republicano, e o seu partido começa a perceber o risco que o atual mandatário representa. ** Com Agências **