Trump e Biden vão trabalhar juntos em troca de governo nos Estados Unidos
WASHINGTON - Donald Trump voltou à Casa Branca nesta quarta-feira, 13, para uma reunião com o presidente Joe Biden. No encontro, o republicano prometeu uma transição "o mais suave possível".
Biden convidou o presidente eleito ao Salão Oval após a derrota da vice-presidente Kamala Harris na semana passada, embora Trump não tenha feito o mesmo com ele em 2020.
O magnata pousou em Washington pouco antes das 9h30min e a primeira coisa que fez foi falar com um grupo de republicanos. Ele mencionou a hipótese de se candidatar novamente à Casa Branca, algo proibido pela Constituição americana.
"Suspeito que não voltarei a me candidatar a menos que vocês digam: "Ele é bom, temos que fazer outra coisa", disse.
O republicano também visitou o Capitólio, onde em janeiro de 2021 centenas de simpatizantes de sua candidatura tentaram impedir a certificação da vitória de Biden.
Transição
Durante o encontro, Biden defendeu uma transferência de poder tranquila e pediu que Trump mantenha o apoio à Ucrânia. Uma situação embaraçosa para o democrata, que sabe que a nova administração pode desmantelar grande parte de seu legado.
Em campanha, Biden chamou Trump de ameaça para a democracia e era o adversário do republicano na disputa pela presidência, até que um desempenho desastroso em um debate eleitoral obrigou o democrata a desistir da campanha em julho.
Melania Trump, esposa do futuro presidente, anunciou que estaria ausente, sem dar motivos, mas desejou "muito sucesso" ao marido.
Tradição
O convite de Biden restabelece uma tradição que Trump quebrou quando perdeu as eleições de 2020, ao se recusar a encontrar com Biden e a comparecer à cerimônia de posse.
O ex-presidente Barack Obama recebeu Trump na Casa Branca quando o magnata venceu as eleições de 2016.
Quando o republicano deixou a Casa Branca em 20 de janeiro de 2021, muitos partidários o criticaram por ter incitado uma multidão antes do ataque ao Capitólio.
Contudo, o período de desgraça durou pouco e os republicanos voltaram a ficar ao lado dele, em parte devido à sua capacidade de mobilizar eleitoralmente o movimento de direita que o levou novamente ao poder.
Agora, Trump volta a Washington em uma posição de força: seu partido retomou o controle do Senado dos democratas e está muito próximo de confirmar a maioria na Câmara de Representantes.
Equipe de governo
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