
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no início da noite de segunda-feira, 10, uma ordem executiva que impõe tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelo país a partir de 4 de março.
O republicano repete o feito do primeiro mandato quando emitiu duas proclamações impondo tarifas ao aço e ao alumínio que entram nos EUA e retirando as isenções que alguns países ainda tinham.
Dessa vez, entretanto, nenhum país será excluído ou isento, como aconteceu em 2018, quando alguns países, incluindo o Brasil, conseguiram negociar. Líderes ainda devem tentar negociar.
A justificativa agora foi proteção à indústria e redução do déficit do país. Na assinatura, o presidente Donald Trump disse que é um grande negócio a afirmou que a estratégia vai trazer indústrias e empregos de volta, tornando os EUA ricos novamente.
Mas especialistas alertam para os impactos na economia mundial. Os EUA importam cerca de 25% de todo o aço que usam; 16% vêm do Brasil, que em 2024 foi o segundo maior fornecedor de aço para os americanos - atrás só do Canadá.
O país americano também importam metade de todo o alumínio que usa. Em 2024, o produto brasileiro ficou em 15º lugar no ranking das importações.
A decisão de Trump pode afetar a promessa de campanha de reduzir os custos aos americanos no primeiro dia de governo.
Em 2018, usando a mesma justificativa de segurança nacional, Trump impôs tarifas de 25% ao aço e 10% ao alumínio importados que encareceram produtos do dia a dia dos americanos, como carros, eletrodomésticos, até cerveja, por causa das latas de alumínio.
O aço é usado principalmente na indústria, na construção e nos transportes. O alumínio, além da construção e transporte, é usado em embalagens e bens de consumo.
Economistas já alertaram que as tarifas podem aumentar a inflação, causar interrupções nas cadeias de suprimentos e prejudicar a economia global.
** Com Agências **
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