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Polícia fecha bordel de luxo e expõe político e executivos de Boston

Atualizado: 9 de abr.


Cafetina foi presa e condenada a 4 anos de prisão
Esquema discreto atraía clientes considerados influentes em Massachusetts

BOSTON - Um bordel que operava em apartamentos luxuosos perto da Universidade Harvard, em Cambridge, atraiu uma clientela inesperada: executivos de biotecnologia, médicos, advogados e políticos. Cobrando até US$ 600 por hora, o estabelecimento mantinha registros detalhados de seus frequentadores — e agora esses dados viraram prova em uma investigação criminal que expôs dezenas de homens influentes da região de Massachusetts.


Entre os nomes revelados está o do vereador de Cambridge, Paul Toner, que enfrenta pedidos de renúncia após ser identificado como cliente do esquema. Outros profissionais de destaque em áreas como medicina e tecnologia também tiveram suas carreiras abaladas, alguns deixando cargos sem explicação pública.

A queda do esquema


O caso, batizado pela imprensa local de "The Cambridge Brothel Hearings" ("As audiências sobre bordéis de Cambridge", em tradução livre), ganhou repercussão após a Justiça negar um pedido de sigilo feito por treze dos acusados.


Segundo uma matéria publicada pelo jornal The Washington Post, eles argumentaram que a exposição traria "consequências embaraçosas", mas o tribunal manteve a transparência das audiências.


A operação foi desmontada após a prisão da cafetina Han Lee, de 42 anos, condenada a quatro anos de prisão por liderar uma rede de prostituição e lavagem de dinheiro.


Nascida na Coreia do Sul, Lee administrava o negócio com critérios rígidos: exigia crachás de trabalho, referências e até selfies dos clientes antes de autorizar os encontros.


Segundo investigadores, o método servia tanto para evitar a polícia quanto para garantir a segurança das profissionais — muitas delas jovens asiáticas que usavam nomes como Tulip e Tiki.


Executivos no centro do escândalo


Dentre os clientes identificados está Jonathan Lanfear, CEO da HiberCell, empresa de biotecnologia focada em tratamentos contra o câncer. Mensagens apreendidas mostram que ele agendou encontros múltiplas vezes, pagando US$340 dólares por hora. Ao ser abordado pela polícia, Lanfear disse que "visitava um amigo".

Outro nome de destaque é o de Anurag Bajpayee, engenheiro do MIT e cofundador da Gradiant (startup de tratamento de água avaliada em US$ 1 bilhão). A empresa emitiu nota afirmando que "confia na Justiça" e que Bajpayee segue à frente dos projetos.


Regulação do trabalho sexual


A maioria dos acusados enfrenta acusações de contravenção, com penas que podem incluir multas e serviço comunitário. Enquanto alguns veem o escândalo como uma questão moral, ativistas destacam o lado sombrio da indústria do sexo.


"A exposição desses homens é importante para frear a demanda que alimenta a exploração", disse ao Washington Post Ivette Monge, sobrevivente de tráfico sexual que trabalha com a ONG Ready Inspire Act.


Já o vereador Paul Toner, único político envolvido, negou qualquer ilegalidade e recusou-se a renunciar.


"Todos têm direito ao devido processo legal", afirmou, em discurso na Câmara Municipal.


(Com informações do Wall Street Journal e agências internacionais).



 
 
 

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