
EAGLE MOUNTAIN - O brasileiro Ricardo Margalho Prins, de 39 anos, é considerado foragido pela polícia dos Estados Unidos após ser indiciado por abuso sexual contra duas adolescentes em Eagle Mountain, Utah. Ele viajou para o Brasil em dezembro e as autoridades querem a extradição do suspeito.
Prins era professor e diretor de Informação Tecnológica da Rockwell Charter School e, segundo as investigações, os crimes foram cometidos diversas vezes contra suas alunas nas dependências da escola, inclusive na sala de aula, nos últimos seis meses.
Evidências revelam que o professor enviou mensagens de texto para uma das vítimas para que ela o encontrasse na sala de aula após o período escolar. Prins, afirma a jovem em depoimento, trancou a porta e a abusou sexualmente.
Em uma das ocasiões, o acusado teria dado uma chave de braço na adolescente que chegou a desmaiar por segundos.
Prins teria ainda apanhado as estudantes na escola e no trabalho e as levado para lugares distantes para cometer os delitos.
O brasileiro foi indiciado na segunda-feira na Corte do 4°Distrito e responde por dez acusações de estupro e 15 de sodomia forçada, todos crimes de primeiro grau. Além de acumular três acusações de abuso sexual forçado e agressão agravada, violações de segundo grau.
O brasileiro também foi acusado de beijar um menor, contravenção da classe A.
Prins começou a lecionar matemática e ciências da computação na Rockwell no ano passado. Em nota aos pais, a direção da escola afirma que o professor foi desconectado da instituição e que a investigação policial continua em curso e, por isso, as informações são limitadas.
Investigação
O brasileiro começou a ser investigado em 15 de dezembro, dois dias após uma das vítimas ter sido abusada, e no mesmo dia em que perdeu o emprego.
Em 18 de dezembro, a polícia foi até a casa de Prins e conversou com a mulher do acusado.
Ela informou que o marido viajou para o Brasil no dia 16 e não sabia a data do retorno. Logo depois, o brasileiro mandou uma mensagem de texto para o investigador dizendo que voltaria aos EUA em 5 de janeiro.
No dia 3, Prins voltou a entrar em contato com a polícia e afirmou que não retornaria ao país por conta de problemas com o visto e mandaria outra mensagem assim que tivesse mais informações.
A polícia de Utah quer trazer Prins de volta aos EUA para responder o processo, mas a constituição do Brasil impede a extradição de um nacional do país.
A Manchete USA não conseguiu contato com Prins até a publicação dessa matéria.
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