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Imprensa internacional define vitória de Ainda Estou Aqui como fato histórico

Foto do escritor: Rádio Manchete USARádio Manchete USA

Fernada Torres pediu nas redes: "Sorriam. Nós vamos sorrir"
Walter Salles e Fernanda Torres em imagem após premiação (Foto: Facebook Fernanda Torres)

LOS ANGELES - A imprensa internacional repercurtir a consagração de Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 como Melhor Filme Internacional com jornais e críticos destacando o feito inédito do cinema brasileiro. O longa de Walter Salles, que narra a luta de Eunice Paiva para encontrar respostas sobre o desaparecimento do marido durante a ditadura militar, tornou-se o primeiro filme do Brasil a vencer a categoria.


"Um momento histórico para o Brasil no Oscar," publicou o The Guardian, ressaltando que a produção superou o favorito Emilia Pérez, da França, e levou a estatueta em uma noite repleta de expectativas.


O jornal britânico também mencionou que o reconhecimento de Ainda Estou Aqui fortalece o espaço do cinema latino-americano na premiação, algo que só havia acontecido antes com Roma (2018) e Parasita (2019).


A agência Reuters destacou o impacto da vitória para a indústria cinematográfica brasileira, classificando o filme como "um testemunho poderoso da resiliência de uma nação que ainda lida com as cicatrizes de seu passado."


O New York Times enfatizou a mobilização popular em torno do longa e de sua protagonista, Fernanda Torres, cuja performance arrebatadora lhe rendeu uma indicação ao prêmio de Melhor Atriz. O jornal lembrou que, nas semanas que antecederam a cerimônia, a imagem de Torres virou tema de fantasias no Carnaval brasileiro, algo que simboliza o tamanho da comoção nacional.


Já a Variety descreveu o prêmio como "uma vitória emocionante e há muito aguardada pelo cinema brasileiro," lembrando que Walter Salles já havia sido indicado na mesma categoria em 1999 por Central do Brasil, mas perdeu para A Vida é Bela.


O veículo norte-americano também chamou atenção para o simbolismo da noite, já que Fernanda Torres repetiu a trajetória da mãe, Fernanda Montenegro, a primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Durante seu discurso de agradecimento, Salles dedicou a conquista a ambas: "Esse prêmio pertence a Eunice Paiva e às duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro."


O The Hollywood Reporter apontou que a presença de Ainda Estou Aqui entre os indicados a Melhor Filme – um feito raríssimo para produções não faladas em inglês – foi um reflexo do crescimento da influência do cinema brasileiro no cenário internacional. A revista também mencionou o impacto político do filme, que reacendeu debates sobre os crimes da ditadura militar e inspirou novos pedidos por justiça.


O jornal argentino La Nación destacou que a noite foi repleta de surpresas e decepções, com Anora emergindo como a grande vencedora. A publicação também ressaltou a importância da vitória de Ainda Estou Aqui para o cinema brasileiro, enfatizando que o país fez história ao conquistar o prêmio de Melhor Filme Internacional.


Com a vitória, Ainda Estou Aqui não apenas inscreve o Brasil na história do Oscar, mas reforça a relevância do país no cinema mundial. Como sintetizou o New York Times, "o mundo finalmente está ouvindo o que o Brasil tem a dizer."

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