
BOSTON - Embora as autoridades e polícias de muitas cidades dos Estados Unidos afirmem que não vão colaborar com as operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, sigla em inglês), elas não podem impedir o trabalho dos agentes federais.
Desde a posse de Donald Trump 5.537 estrangeiros já foram presos, sendo 52% pessoas com antecedentes criminais e 48% detidas por falta de status regular.
Em redutos de brasileiros em Massachusetts, prefeituras como as de Marlborough, Somerville e Everett declararam que refutam as ações do ICE, mas não possuem instrumentos para proteger a comunidade.
Imagens de pessoas sendo presas circulam nas redes sociais e empresários revelam que centenas de empregados deixaram de ir trabalhar desde que as prisões do ICE se intensificaram desde 20 de janeiro.
Na terça-feira, 28, a nova secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, vestiu o colete do ICE e se juntou às autoridades federais para realizar as primeiras operações na cidade de Nova York.
“Ao vivo esta manhã de Nova York. Estou participando. Estamos fazendo isso direito, exatamente o que o presidente @realDonaldTrump prometeu ao povo americano, tornando nossas ruas seguras”, afirmou a secretária recém-empossada em informações passadas para a imprensa antes do início das batidas policiais.
A nova secretária divulgou um vídeo que mostra a detenção de um imigrante ilegal, segundo ela, um “estrangeiro criminoso com acusações de sequestro, agressão e roubo”.
Em um comunicado divulgado na manhã desta terça-feira (28), um porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS) disse que a operação realizada tinha como alvo "assassinos, sequestradores e indivíduos acusados de agressão e roubo".
O saldo do dia foi de 1.016 imigrantes presos, ainda aquém da média diária de 1,5 mil detidos.
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