
FILADÉLFIA - O ICE usou a prisão de brasileiros no Jumbo Meat Market na Filadélfia, Pensilvânia, no fim de fevereiro, para justificar as ações da agência no cumprimento da agenda de deportação em massa do governo de Donald Trump. O anúncio foi feito no dia 6 de março, uma semana após a operação.
Em sua página na internet, o ICE divulgou as imagens de quatro funcionários do mercado sendo algemados e afirmou o compromisso da agência em "proteger os direitos de trabalhadores legais e garantir que as empresas cumpram com os regulamentos".
"Esta operação de fiscalização no local de trabalho ressalta nossa dedicação em manter práticas de emprego legais e proteger os interesses econômicos e de segurança pública do nosso país", destaca o investigador especial do ICE na Filadélfia e encarregado da ação Edward V. Owens.
Segundo o ICE, os brasileiros detidos violaram os termos de admissão nos Estados Unidos ou entraram ilegalmente no país.
Em nota, o órgão federal afirma que está focado na ordem pública e em conter ameaças à segurança nacional em um primeiro momento. No entanto, "qualquer indivíduo ilegalmente presente nos Estados Unidos que for encontrado durante uma operação pode ser levado sob custódia e colocado em processo de deportação de acordo com a lei".
O ICE não cita a soltura dos detidos. E a proprietária Simone Salgado negou responder ao nosso pedido de comentário.
Na época, a empresária gravou um vídeo confirmando a operação do dia 27 de fevereiro, mas afirmou que os agentes de imigração estavam atrás de criminosos e que os funcionários do mercado estavam são e salvos.
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