Cubana se arrepende de voto em Trump após marido ser deportado
- Rádio Manchete USA
- 27 de mai.
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WASHINGTON - A cubana Liyián Pérez, naturalizada nos Estados Unidos, votou em Donald Trump e agora experimenta o gosto amargo da política anti-imigrante do republicano. O marido, Alian Méndez, com quem tem dois filhos, foi deportado sem aviso prévio e enfrenta uma proibição de entrar no país por dez anos.
Liyián chegou aos EUA em busca de segurança. Ela afirma que jamais imaginou que algo assim poderia acontecer com ela.
Liyián insiste que sempre respeitaram todas as regras e nunca receberam qualquer tipo de advertência formal. “Eu não esperava por isso. Achei que só os delinquentes seriam deportados”, declarou em vídeo publicado pela Univisión no TikTok.
O episódio a deixou confusa. Ela parou de confiar nas políticas migratórias e precisou enfrentar sozinha uma separação que considera sem justificativas. De acordo com seu relato, o marido não teve chance alguma de se defender.
Voto por mais segurança
Liyián votou em Donald Trump nas últimas eleições. Acreditava em sua promessa de manter a ordem, reforçar a segurança e aplicar um controle migratório eficaz. Estava convencida de que as medidas seriam direcionadas apenas a pessoas com antecedentes criminais ou em situação migratória irregular.
A cubana afirmou que não se arrependia do seu voto. Considerava que o governo de Trump trabalhava para proteger famílias trabalhadoras como a dela. Entretanto, a deportação de seu marido, Alian, mudou sua percepção.
A situação que Liyián enfrenta contrasta totalmente com a sensação de proteção que acreditava ter. Para ela, tudo aconteceu sem uma explicação clara e com uma enorme carga emocional. Agora a mulher vive separada de Alian Méndez, no país em que havia apostado por um futuro melhor. Ela afirma que nunca imaginou que as decisões que apoiou politicamente teriam consequências tão pessoais.
Deportação sem aviso prévio
Alian Méndez, marido de Liyián, foi detido repentinamente pelas autoridades migratórias. Ela não pôde se despedir nem recebeu qualquer informação oficial antes da deportação. Só soube que ele havia sido enviado de volta a Cuba quando já não havia mais o que fazer.
Além da deportação, seu marido enfrenta uma proibição de entrada nos Estados Unidos por dez anos, o que impossibilita qualquer chance de reunificação a curto prazo. Liyián contou que a notícia a pegou completamente de surpresa e a deixou com várias dúvidas sem resposta.
Ela buscou explicações, mas até o momento não recebeu nenhuma resposta formal das autoridades. Enquanto isso, enfrenta sozinha as consequências emocionais e legais da separação forçada.
** Com La Nacion **
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