
OKLAHOMA CITY - O Conselho Estadual de Educação de Oklahoma aprovou nesta terça-feira, 28, por unanimidade a exigência de questionar o status imigratório no momento da matrícula, mas não impede o estudante indocumentado de frequentar a escola. O texto segue para discussão no Congresso estadual.
Se a medida conseguir o aval dos legisladores e ser sancionada pelo governador republicano Kevin Stitt, os distritos vão ser obrigados a informar o número de alunos sem documentos ao Departamento de Educação de Oklahoma.
O superintendente Ryan Walters defende que a ação é necessária para avaliar as necessidades educacionais locais e estaduais como barreiras linguísticas e culturais, carência de professores de inglês como segunda língua e financiamento.
Entretanto, o discurso contraditório de Walters durante uma reunião comunitária levantou dúvidas sobre a intenção do superintendente que tem falado repetidamente sobre "os custos de educar estudantes indocumentados".
“Temos que saber quantos imigrantes ilegais existem nas nossas escolas para sabermos como alocar recursos, para sabermos como resolver os problemas que surgem com isso”, explicou.
Em tempo: De acordo com o Migration Policy Institute, 90 mil residentes de Oklahoma sem status legal, incluindo cerca de 6 mil crianças matriculadas nas escolas.
Logo depois Walters afirmou que “continuaremos avançando para garantir que estamos impedindo qualquer tipo de movimento de imigração ilegal em nosso Estado e em nossas escolas”.
A superintendente das Escolas Públicas de Oklahoma City, Jamie Polk, já disse em um e-mail direcionado aos pais e professores que o distrito não tem planos para coletar dados imigratórios. Segundo números oficiais, há 33 mil menores sob supervisão de Polk e 60% deles se identificam como hispânicos.
O distrito de Tulsa, que soma quase 34 mil alunos em 69 escolas, também afirmou que não vai questionar o status imigratório de seus estudantes.
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