Brasileiros ligados ao PCC são presos em ação contra tráfico de armas em Massachusetts
- Rádio Manchete USA
- 20 de mar.
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BOSTON - Uma investigação sobre venda ilegal de armas de fogo em Massachusetts culminou com a prisão de 18 brasileiros, divulgou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 19. Os primeiros relatórios mencionados apontam os detidos como membros de uma organização criminosa paulista.
Segundo o processo, parte do tráfico de armas está ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) com raízes em São Paulo e que se tornou uma das maiores e mais perigosas organizações criminosas da América Latina. Outros suspeitos fariam parte de gangues menores identificadas como “Tropa de Sete” e “Trem Bala”.
Entre o material apreendido, as autoridades contabilizam "cerca de 110 armas de fogo, grande quantidade de fentanil e munição".
A investigação - que começou em 2024 - aponta que armas de fogo, rifles, incluindo os de cano curto e espingardas, entre outros armamentos, foram traficados principalmente da Flórida e da Carolina do Sul para Massachusetts.
Em comunicado, a procuradora-geral dos EUA, Leah Foley, enfatiza que a maioria dos presos está sem status legal no país. A nota lista 12 imigrantes indocumentados envolvidos no crime, 11 deles acusados de venda de armas sem licença.
1. Guilherme Fernandes Tavares, 31, residente de Marlborough.
2. Lucas Henrique Moreira De Paiva, 22, transitava entre Malden, Weymouth e Chelsea.
3. Victor Eduardo Santos De Souza, 21, transitava entre Framingham e Revere.
4. Rafaell Martins Ferreira, 27, morador de Boston.
5. Riquelme Henrique De Aguilar Ferreira, 21, transitava entre Framingham e Revere.
6. Floriano De Souza, 50, residente de Yarmouth.
7. Israel Yurisson Dos Santos, 24, morador de Marlborough.
8 Vanderson Rocha Oliveira, 31, de Boston.
9. Joao Vitor Dos Santos Goncalves Pimenta, 20, residente de Malden.
10. Marcos Paulo Silva, 24, morador de Boston.
11. Gideoni De Oliveira Moutinho, 32, transitava entre Malden, Weymouth e Chelsea.
Já Kessi Jhonny Firmino Sales, 23, de West Yarmouth, foi acusado de posse ilegal de arma, ação proibida por um estrangeiro indocumentado.
Outros brasileiros também respondem por venda de armas sem licença, mas não são listados como ilegais: Lucas Ferreira da Silva, 27, de Malden; Alason Ferreira Peixoto, 22, de West Yarmouth; Lucas Nascimento Silva, 27, de West Yarmouth; e Patrick Rodrigues de Oliveira, 34, de Framingham.
Talles Provette de Faria, 34, com endereços em Barnstable e Plymouth, acumula também a acusação de distribuição de fentanil. Enquanto João Victor Da Silva Soares, 21, de Everett, soma o crime de conspiração.
A prisão dos brasileiros ilegais foi usada para reforçar as operações do ICE.
“Eles não eram apenas supostamente membros ou associados de organizações criminosas transnacionais perigosas, mas também são suspeitos de estar envolvidos no tráfico de quantidades significativas de armas de fogo ilegais, munição e fentanil", destacou a diretora da agência em Boston, Patricia H. Hyde.
"O ICE Boston continuará a priorizar a segurança pública, prendendo e removendo infratores estrangeiros ilegais dos bairros da Nova Inglaterra", acrescentou.
Se condenados por envolvimento na venda de armas de fogo sem licença e conspiração, os acusados podem pegar individualmente até cinco anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250 mil.
A acusação de posse de arma de fogo por um estrangeiro ilegal prevê a sentença de até 15 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e multa de até US$ 250 mil.
A defesa dos brasileiros não foi localizada para comentar o caso.
Não é a primeira vez
Em 2019, um grupo de 14 de brasileiros foi preso acusado de integrar o Primeiro Comando de Massachusetts (PCM), que seria um braço do PCC, responsável por comandar presídios e o tráfico de drogas em vários estados brasileiros.
Na época, os suspeitos responderam por diversos crimes violentos: sequestro, roubo à mão armada, venda ilegal de armas e tráfico de drogas.
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