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Brasileiro alega inocência em caso de estupro de menor em Massachusetts

Foto do escritor: Rádio Manchete USARádio Manchete USA

Autoridades acreditavam que Bozani teria fugido para o Brasil (Foto: Cortesia do Condado de Plymouth)
Os crimes contra a menor teriam começado em Rondônia (Foto: Cortesia Condado de Plymouth)

PLYMOUTH - O brasileiro Werlen Bozani Luiz , de 48 anos, acusado de violência sexual contra sua enteada, alegou inocência na sexta-feira, 6, após ser capturado por agentes do U.S Marshals na Carolina do Norte e transferido para Plymouth, em Massachusetts.

Bozani está detido sem direito a fiança até voltar à Corte na quinta-feira, 12, para a audiência de periculosidade. Neste caso, o juiz decide se sua liberdade, mesmo que condional, acarreta riscos para a sociedade.

O rondoniense era considerado foragido da Justiça de Massachusetts desde 2021, mas as autoridades acreditavam que ele havia retornado ao Brasil.

Em julho, o detetive Robert Shaw recebeu a informação de que Bozani estava nos Estados Unidos e, assim, obteve vários mandados de busca até localizá-lo em 15 de novembro na cidade de Statesville.

O brasileiro responde por sete acusações de estupro de menor, uma de agressão e lesão corporal e outra de estrangulamento.

De acordo com o processo, os crimes aconteceram em diversas partes do Condado de Plymouth entre setembro de 2019 e junho de 2021 , quando ele foi denunciado.

Naquele mesmo ano, a mãe da menor também foi indiciada na Corte Distrital de Plymouth. A criança alegou que apanhou da mãe com um cabo de extensão quando tentou falar sobre a violência.

Mas o Boletim de Ocorrência feito nos EUA destaca que a menor já era vítima de abusos no Brasil. O relacionamento de Bozani com a mãe da menor começou em dezembro de 2017, quando ela tinha 11 anos.

A investigaação cita que uma denúncia sobre o assédio teria sido feito em uma delegacia, mas o caso não foi adiante. O Tribunal de Justiça de Rondônia não respondeu ao pedido de comentário da Manchete USA até a publicação dessa matéria.

Em agosto de 2019, o casal se mudou para os EUA com a criança e os abusos continuaram a ser praticados.

De acordo com o depoimento da menor, ela era violentada por Bozani quando a mãe não estava em casa e "às vezes ele chegava mais cedo do trabalho" para cometer o crime.

Em 20 de junho de 2020, a menina tentou contar para mãe que a atingiu com um soco de punho fechado na face e com golpes com um cabo de extensão. O policial que atendeu a ocorrência relatou que as marcas da violência na criança eram visíveis.

A mãe, que não está sendo identificada para proteger a privacidade da vítima, foi presa. A mulher assumiu a culpa em 2022 e cumpriu liberdade condicional até outubro de 2023, quando as acusações de agressão foram arquivadas.

Ao Serviço Social (DCF, na sigla em inglês), a criança disse que Bozani participou das agressões ao lado da mãe, "a empurrou, a chutou nas pernas, forçando que ela ficasse de joelhos. Em certo momento colocou um travesseiro contra o seu rosto, provocando asfixia".

Bozani teria ainda quebrado o telefone da menina para impedir que ela ligasse para a polícia.

Um vizinho da família disse que Bozani deixou o local dirigindo uma SUV e bateu contra latas de lixos e derrubou pelo menos uma cerca. Com a denúncia a polícia já o indiciou por deixar o local onde provocou danos a materiais de terceiros.

À Polícia, Bozani admitiu ter causado danos em algumas caixas de correios mas que a 'pressa era porque estava atrasado para o trabalho'. Ele foi capturado e cumpriu parte da pena pelos danos materiais em liberdade condicional a partir de abril de 2021.

Mas sem poder sair de Massachusetts e ainda sendo investigado pelo caso de abuso sexual, Bozani fugiu. Agora ele vai responder pelos crimes de agressão, abuso sexual e evasão.

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